Estoril-FC Porto, 1-0 (destaques)

David Marques , Estádio António Coimbra da Mota, Estoril
30 mar, 23:26
Estoril-FC Porto, Liga (António Cotrim, LUSA)

Cassiano aplica a receita do Dragão

A FIGURA: Cassiano

Não marcou nos minutos iniciais porque Diogo Costa foi gigante, mas acabou por marcar o golo da vitória do Estoril já na segunda parte de livre direto, tal como havia feito Holsgrove na primeira volta no Dragão. Além disso, correu quilómetros, muitos deles em trabalho defensivo e a tentar fechar espaços. Abnegado e decisivo.

O MOMENTO: expulsão de Diogo Costa. MINUTO 65

O passe de Otávio foi de risco, mas a abordagem do guardião portista foi desastrosa. Permitiu que Wagner Pina ficasse com a bola e, depois, não teve outro remédio que não rasteirar o homem do Estoril quando ele se preparava para rematar para a baliza deserta. Foi o início de uma tempestade perfeita, já que logo a seguir, na sequência da falta, os canarinhos marcaram mesmo por Cassiano.

OUTROS DESTAQUES

Tiago Araújo: os poucos desequilíbrios provocados pelo Estoril nasceram do lado esquerdo e à boleia da profundidade do lateral-esquerdo. Assistiu Cassiano para a melhor ocasião de golo da primeira parte logo nos minutos iniciais e pouco depois voltou a fazer a diferença em nova arrancada pelo corredor canhoto. Apesar de ter pela frente a espinhosa missão de marcar Francisco Conceição, nunca se acanhou e esteve sempre pronto para fazer a diferença com bola.

Rodrigo Gomes: destroçou a defesa do FC Porto com arrancadas diabólicas sobretudo na segunda. Entregou a Heri um golo e quase marcava após uma transição poderosa quando o Estoril já vencia por 1-0. Um perigo!

Mangala: pode já não ter a velocidade e a frescura de outros tempos, mas a experiência acumulada do ex-jogador do FC Porto foi um valioso trunfo dos canarinhos neste sábado. Na primeira parte colocou-se no caminho da bola em três remates de jogadores do FC Porto, dois deles na mesma jogada e de golo iminente. Na segunda parte foi salvo pelo VAR num lance polémico com Francisco Conceição e no qual o árbitro começou por apontar para a marca de grande penalidade.

Mateus Fernandes: muito competente no meio-campo da equipa de Vasco Seabra, ganhou muitos duelos e acumulou um número considerável de desarmes. Esteve ainda numa das melhores jogadas da equipa da casa na primeira parte, quando lançou Tiago Araújo no flanco esquerdo com um excelente passe. Na segunda parte manteve a bitola, com inteligência nos passes em progressão e potência nos duelos.

Nico González: contam-se pelos dedos os poucos passes que falhou. E foram muitos os que executou. Rigoroso e forte nas batalhas a meio-campo, voltou a ser um dos melhores do FC Porto numa noite difícil.

Diogo Costa: começou o jogo a negar, com uma soberba mancha, o 1-0 ao Estoril e saiu bem da baliza numa outra investida potencialmente perigosa da equipa da casa a fechar a primeira parte. Estava seguríssimo, com quase sempre, até ao erro grosseiro que lhe custou o vermelho direto. Com isso ruíram também as ténues aspirações do FC Porto lutar pelo título e, talvez, pelo acesso à Champions pela mais pequena das portas.

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