Rodrigo Gomes, o nome forte da noite
A FIGURA: Rodrigo Gomes
Podem ficar as dúvidas num sistema a quatro, mas a jogar com três centrais, Rodrigo Gomes é já um dos nomes fortes deste campeonato, como ala direito. A capacidade física permite-lhe estar num vaivém constante entre a defesa e o ataque, e no ataque, não fosse ele um extremo de formação, é um perigo constante. A forma como marcou o golo é demonstrativo dessa espontaneidade que lhe permite ser tão perigoso. Só pecou mesmo quando falhou o bis por querer fazer o bonito na cara de Rodrigo Moura, mas foi a tempo de emendar no segundo tempo, com o bis para o 2-0 e a participação decisiva no 3-0.
O MOMENTO: o 1-0 aos seis minutos que quase peca por tardio
Pode parecer estranho, mas o 1-0 aos seis minutos quase que pecou por tardio. O Estoril entrou com tudo no jogo e à quarta ameaça à baliza flaviense, Rodrigo Gomes apareceu com tudo na área e iniciou o triunfo canarinho.
OUTROS DESTAQUES
Rafik Guitane
Nem foi dos jogos mais brilhantes dos últimos tempos de Guitane, mas mesmo assim é impossível não reparar a qualidade do extremo francês. Está soltinho como poucos, e por isso é com grande facilidade que consegue criar o pânico na defensiva contrária. Faltou-lhe sobretudo o último passe esta noite, mas a forma como dribla e conduz a bola – qual Messi – impressiona.
Pedro Álvaro
Defensivamente ainda tem algumas abordagens demasiado displicentes para este nível, mas Pedro Álvaro é um dos mais beneficiados do Estoril por jogar num sistema com três centrais. Fica mais protegido no momento sem bola e tem outra liberdade para assumir outro risco com a redondinha nos pés. Fundamental na procura da profundidade da equipa de Vasco Seabra, com dois passes fantásticos que ficaram na retina.
Mateus Fernandes
Mais uma exibição bastante sólida do médio emprestado pelo Sporting ao Estoril. Sem bola é inteligente, quer na ocupação dos espaços quer nos duelos individuais, e no momento ofensivo nota-se que tem escola. Esteve no 1-0 de Rodrigo Gomes com um remate que obrigou Rodrigo Moura a defesa apertada, e surgiu em zonas de finalização mais um par de vezes durante a partida. Junta capacidade física a capacidade técnica. Promete.
Alejandro Marqués
Terá ganho pontos, o avançado venezuelano: entrou na segunda parte para o lugar de Cassiano – talvez o menos inspirado do trio da frente do Estoril – e não demorou muito a mostrar serviço. Marcou oito minutos depois de entrar e esteve ligado ao jogo até ao fim, o que lhe permitiu ter mais duas belas oportunidades para fazer o gosto ao pé.
Rodrigo Moura
Ia «borrando» a pintura com um lance displicente no início da segunda parte, mas de resto, não foi pelo guarda-redes que o Desp. Chaves saiu derrotado esta noite no Estoril. Foi importante para suster o máximo possível a entrada fortíssima dos homens da casa no encontro – nada podia fazer no primeiro golo de Rodrigo Gomes – e somou mais um par de defesas importantes durante o encontro.