A globalização e o poder económico dos clubes estrangeiros condiciona a aposta nos jogadores da casa
Jorge Jesus deixa a ideia de que a polémicaO técnico refere-se a André Almeida, André Gomes, Nélson Oliveira e Ivan Cavaleiro: «Poderemos dizer: mas eles ainda não se afirmaram como prioridades na equipa principal. É um facto. O André Gomes foi 17 vezes titular no ano passado, o André Almeida é constantemente titular esta época, o Ivan Cavaleiro e o Nélson Oliveira nem tanto. Se virmos bem, nenhuma equipa do mundo ganha títulos só com a formação. Nenhuma equipa do mundo, volto a frisar.»
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A globalização e o poder económico dos clubes estrangeiros condicionam a aposta em jogadores da casa. Os atletas «recebem 10/15 vezes mais no estrangeiro do que em Portugal», aponta Jesus: «Essa ideia era possível nos anos 70 ou 80. Nessa altura, os miúdos, os melhores jogadores portugueses, não eram cobiçados nem eram conhecidos no mundo como hoje são. Hoje, Portugal não tem possibilidades financeiras para segurar as pérolas. No meu tempo, um júnior do Benfica, Sporting ou do FC Porto tinha como objetivo fazer parte da primeira equipa. Hoje não é assim. Os miúdos não pensam assim. Claro que não são todos, mas um júnior do Benfica, Sporting ou FC Porto quer ser jogador e sair para o estrangeiro.»
Em relação ao futuro, Jesus lembra que quando arrancou a época o grande objetivo dos encarnados era vencer o campeonato. «Queremos ser bicampeões», apontou o treinador, prosseguindo: «Nunca fui, o Benfica não o é há 30 anos. Não sabia que nenhum treinador português tinha sido bicampeão em dois anos seguidos, mas também não é por aí que tenho esse desejo de ser campeão. Esse é o objetivo principal, número um.»
Jesus disse que «objetivamente» não falou com Luís Filipe Vieira sobre a possibilidade de renovar, mas diz que «a porta está aberta». «Quando acabou o campeonato anterior, o presidente disse que eu podia renovar quando quisesse», apontou.
