Podence, o miúdo joga... e Bas Dost marca, marca, marca e marca
A figura: Bas Dost
Respondeu aos dois golos que Soares fizera na véspera, dobrando a «aposta» e completando um «poker» para cimentar a liderança dos artilheiros. No primeiro, após bom trabalho de Podence, fez aquilo que melhor sabe, surgindo oportuno a encostar. No início da segunda parte, não aproveitou mais um passe de bandeja de Podence, quando estava em excelente posição, mas redimiu-se pouco depois, marcando o segundo, logo após o tento do empate do Tondela. O «poker» chegaria através da conversão de duas grandes penalidades que confirmaram o triunfo leonino e que esta caminha para ser a sua melhor época em termos de golos. Já lá vão 22, e ainda desperdiçou um terceiro penalty.
O momento: Bas Dost trava reação auriverde (55')
O Tondela acabara de empatar, mas o avançado holandês nem deu tempo para que os festejos dos auriverdes se prolongassem, e, dois minutos depois, recolocou o leão na frente, de onde não viria a sair. O segundo golo de Bas Dost travou a reação que poderia estar para vir. Os restantes acabaram com as dúvidas.
Menção honrosa: Podence
Abriu o livro para contar a história da sua estreia a titular no Sporting e fez-se protagonista dela, enchendo o campo de recursos estilísticos só ao alcance dos melhores. Ao invés de acusar a pressão, o camisola 56 respirou fundo no início da partida e deixou sem fôlego todo o setor recuado do Tondela. No papel, surgia junto a Bas Dost, mas Podence apropriou-se sempre do espaço que não era de ninguém, descobrindo tabelas que isolaram os companheiros. Quando optou por ser ele a conduzir a bola, obrigou os adversários a recorrerem à falta para o travar. Assistiu Bas Dost para o golo inaugural, mas esse foi apenas um detalhe da exibição que lhe valeu forte ovação no momento em que saiu, aos 85'. E aquele passe com que isola Bas Dost no início da segunda parte? Podence!
Outros destaques
Matheus
Foi a grande surpresa de Jesus na equipa titular – o técnico já tinha dado a entender que Podence o poderia ser –, voltando ao «onze», onde não aparecia desde a derrota no Dragão. Encostado sobre o flanco esquerdo, não esteve muito em jogo na primeira parte. O descanso fez-lhe bem e, aos 52', arrancou um cruzamento que Bas Dost desperdiçou, situação que não se repetiu após nova arrancada que resultou no segundo golo do holandês.
Paulo Oliveira
Bom jogo do central português, que formou uma dupla coesa com Coates, mas que sobressaiu mais nos vários cortes importantes que fez ao longo de toda a partida. A mostrar que Rúben Semedo vai ter de suar para recuperar o lugar que foi seu ao longo de grande parte da época.
Pedro Nuno
O melhor elemento do Tondela. Na primeira parte, foi quem mais correu na tentativa de levar a equipa para a frente e, na segunda, repetiu os esforços e é dele a jogada e o passe para o golo de Murillo.
Murillo
Voltou a marcar ao Sporting, tal como fizera no jogo da primeira volta, surgindo mais rápido do que toda a gente para responder ao cruzamento de Pedro Nuno. Com cinco golos, confirmou o estatuto de melhor marcador do Tondela.
