Arouca-Nacional, 2-0 (crónica)

21 ago 2016, 20:03
Arouca-Nacional (Lusa)

Gestão competente foi suficiente para conquistar os três pontos

Ao quinto jogo oficial, o Arouca conseguiu a primeira vitória da época, diante de um Nacional que se estreava no campeonato. A equipa voltou a mostrar a competência que lhe era característica na época passada, alcançando um triunfo justo e que vai servir de motivação acrescida para a deslocação a Atenas, onde os arouquenses vão tentar surpreender o campeão grego.

A vencer por 2-0 ao intervalo, o Arouca pôde gerir de forma tranquila a vantagem conferida pelos golos de Crivellaro e Zequina. Os insulares bem tentaram reagir à desvantagem, mas não foram capazes de perturbar bem montada equipa da serra da Freita.

Entrada forte do Nacional... Arouca a marcar

Obrigado a gerir a equipa, tendo em conta esse importante desafio que pode dar o acesso à fase de grupos da Liga Europa, Lito promoveu cinco alterações no onze que defrontara o Olympiakos na quinta-feira.

A jogar com o central Hugo Basto adaptado à lateral esquerda e com um meio-campo em que apenas se manteve o capitão Nuno Coelho, o técnico arouquense deu a titularidade a André Santos e Crivellaro, na intermediária, e apostou em Zequinha e Marlon na companhia a Mateus, na frente de ataque.

Talvez a tentar adaptar-se a tantas mexidas, a equipa do Arouca foi ligeiramente inferior ao Nacional nos primeiros minutos. O conjunto insular entrou muito forte na partida, surpreendendo o adversário com a rapidez do seus três homens mais adiantados.

E logo aos 3 minutos, Cádiz esteve perto de inaugurar o marcador, com um cabeceamento que saiu ligeiramente ao lado da baliza de Bracali, que nem esboçou uma reação ao remate do opositor.

Com o avançar do cronómetro, contudo, a formação da casa foi estabilizando o seu jogo, começando a criar perigo na área contrária. A primeira oportunidade arouquense surgiu de bola parada: após canto de Zequinha, Velázquez desvia ao primeiro poste e, por pouco que Mateus não chegou a tempo de encostar, ficando a poucos centímetros do golo.

Gerir? «jogar sempre com a equipa mais forte»

Logo após a derrota de quinta-feira com o Olympiakos, Lito Vidigal foi questionado sobre se iria rodar a equipa na partida diante do Nacional, dando descanso a alguns jogadores, com o jogo europeu em mente. Quase ofendido com a pergunta, o técnico arouquense respondeu que prepara cada jogo apostando «na equipa mais forte».

Mas se ao olhar para o onze inicial era possível ver alguma contradição em Lito Vidigal, rapidamente a equipa tratou de lhe dar razão. Crivellaro, uma das novidades na equipa, foi o primeiro arouquense a destacar-se, dando músculo à equipa, ao mesmo tempo que, com a sua passada larga, garantia presença na área.

E seria dessa forma que o Arouca iria chegar à vantagem, precisamente com um golo do médio brasileiro. Após lançamento lateral de Anderson Luís, Marlon trabalhou bem no interior da área, ganhou a posição a Tobias Figueiredo e colocou para a entrada do camisola 50, que, sem dificuldade, marcou o seu primeiro golo com a camisola arouquense.

E quando os alvi-negros ainda tentavam recompor-se da desvantagem, Zequinha, outro dos jogadores que não jogara a meio da semana, carregava ainda mais de razão a afirmação do seu treinador, fazendo o golo da tranquilidade arouquense.

Completamente por cima no jogo, o Arouca ainda podia ter chegado ao terceiro golo, ainda n primeiro tempo, não fosse Rui Silva negar a intenção de Marlon, aos 36 minutos, fazendo uma mancha eficaz quando o brasileiro surgia isolado.

Arouca dá a iniciativa, mas segura os três pontos

Na etapa complementar, Manuel Machado tentou reagir, reforçando a frente de ataque com Ricardo Gomes e Bonilla, mas a sua equipa continuou a revelar dificuldades em desmontar a defensiva contrária.

O Arouca entregou declaradamente a iniciativa de jogo aos insulares, explorando as saídas em contra-ataque – a forma como se sente mais confortável a equipa de Vidigal – mas raramente deu espaço para que o seu guarda-redes fosse colocado à prova.

As exceções foram dois lances em que, Bonilla primeiro, e Ricardo Gomes depois, testaram a segurança do guardião brasileiro, que disse presente e segurou a vantagem confortável.

O Arouca consegue, assim, aquilo que pretendia desta partida: conquistar os três primeiros pontos no campeonato, após a derrota no Bessa na ronda inaugural, ao mesmo tempo que segue moralizado.

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