Sp. Braga-Gil Vicente, 2-0 (crónica)

8 nov 2014, 22:25

Guerreiros derrubam Adriano no último fôlego

O Galo resistiu 82 minutos na pedreira. Suportado por um, quase, imbatível Adriano Facchini na baliza, o conjunto de José Mota esteve perto de conquistar um ponto diante de um Sp. Braga de serviços mínimos, mas o último fôlego dos Guerreiros foi letal. Pardo e Pedro Santos marcaram nos oito minutos finais e mantêm a invencibilidade bracarense em casa.

Ainda antes do intervalo o conjunto de Barcelos ficou reduzido a dez unidades, por expulsão de Luís Silva; O Gil tentou segurar o empate, mas a investida arsenalista acabou por dar frutos.

A jogar numa Pedreira que esta época ainda só tinha visto o Sp. Braga vencer, o Gil Vicente, último classificado, deu com naturalidade as rédeas do jogo aos arsenalistas. Jander e Diogo Viana, juntamente com o egípcio Marwan, eram as setas apontadas à baliza de Matheus, com o objetivo de contrariar a supremacia da equipa da casa.

Galo ainda mais amordaçado


Um Braga de serviços mínimos, muito previsível e entregue quase que exclusivamente a alguns rasgos individuais de Pardo e de Rafa, ou então das bolas paradas de Tiago Gomes, ia ganhando territorialmente. Contudo, as luvas de Adriano Facchini iam sustendo o ímpeto forçado os Guerreiros.

De quando em vez, o Gil lá ia levando a sua avante, e esgueirava-se da baliza de Matheus. Sinais de vida tímidos, também eles quase sempre a ocorrer de momentos de maior fulgor de Diogo Viana ou Jander.

Até que aos 34 minutos o figurino alterou-se. Luís Silva foi expulso e a equipa de José Mota ficou, outra vez, a jogar em inferioridade numérica. Se a tarefa já se apresentava como hercúlea para os gilistas, mais difícil ficou a dez minutos do intervalo. O Galo passava a jogar ainda mais amordaçado.

Triunfo no último fôlego


Jogo de sentido único a partir de então, assumindo por completo a despesas do jogo o Sp. Braga e agigantando-se Adriano Facchini entre os postes da baliza do conjunto de Barcelos.

O guardião fez o seu papel e, em mais uma exibição para recordar, tentou mais um esforço para compensar a inferioridade numérica do Gil. Deixou a Pedreira à beira de um ataque de nervos de cada vez que os Guerreiros alvejavam as suas redes e viam o guarda-redes defender tudo que havia para defender.

Perante tal cenário, Sérgio Conceição pôs todos os seus atiradores em carreira de tiro, assumiu o cerco à baliza do Gil e acabou o encontro com Éder, Sami, Pardo, Pedro Santos, Rafa e Salvador Agra com ordens para pressionar o gatilho.

Foi com a frente de ataque já reforçada que o Sp. Braga chegou ao golo, na sequência de um pontapé de canto. Aderlan Santos faz um primeiro cabeceamento, na recarga Pardo empurra para o fundo das redes, substituindo os assobios das bancadas por um grito de revolta e de alívio. O Galo ruiu. Não teve forças para se reencontrar e apenas dois minutos volvidos sofreu novo golo, do recém-entrado Pedro Santos.

Triunfo natural do Sp. Braga, mas com mais dificuldades do que o que seria de esperar. O conjunto de Sérgio Conceição apresentou-se sem ideias, muito amorfo e deixou o Gil sonhar; Pardo e Pedro Santos resolveram e a pedreira continua a ser sinónimo de derrota para quem a visita. O Gil Vicente soma a décima jornada sem vencer.

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