Treinador explicou a derrota na Liga dos Campeões com a pouca experiência do Fenerbahçe, mas também pelo valor da equipa de Mircea Lucescu
Jorge Jesus explicou a derrota do Fenerbahçe na pré-eliminatória da Liga dos Campeões diante do Dínamo Kiev (1-2, após prolongamento), com a falta de experiência da equipa turca, atribuindo também mérito à equipa ucraniana comandada por Mircea Lucescu, aliás, como já tinha feito na época passada quando, ainda como treinador do Benfica, defrontou os ucranianos na fase de grupos.
«Todos acreditávamos que o vencedor desta eliminatória ia ser o Fenerbahçe, mas a expulsão [de Yukesek) deixou-nos com menos um e nesse período equipa desorganizou-se. Foi nessa altura que o Dínamo de Kiev marcou o primeiro golo. Mas, com crença, fomos corajosos à procura do golo e com menos um chegámos ao empate numa bola parada, de canto», começou por destacar.
O Fenerbahçe empatou a eliminatória aos 88 minutos, com uma assistência de Lincoln, antigo jogador do Santa Clara, mas acabou por cair no prolongamento. «Quando não se ganha não se fica feliz, mas os jogadores têm de sair de cabeça levantada porque correram e jogaram muito enquanto foi onze contra onze. A falta de experiência na Champions foi determinante», acrescentou.
Para o treinador português, a expulsão de Yuksek no início da segunda parte acabou por comprometer as aspirações da sua equipa. «Não importa muito falar agora se concordei ou não com as contratações... claro que sim. O que importa hoje é este jogo. Os adeptos devem estar orgulhosos pela forma como a equipa jogou, mesmo depois de ficar com dez, teve resposta muito boa. Mas na Champions os pormenores determinam se passas ou não. A expulsão tem alguma definição no que é o jogo. Com onze, tínhamos 60 por cento de posse de bola, três ou quatro oportunidades de golo e sete remates à baliza, contra apenas um do Dínamo de Kiev. Depois já não tivemos muita capacidade física no prolongamento. Estávamos mais cansados exatamente pelo que se passou no jogo e ficou demonstrado no resultado», referiu.
Jorge Jesus começou o jogo com alguns dos reforços no banco de suplentes, como foram os casos de Lincoln, mas também do português Bruma que só entraram com o jogo a decorrer. «Eu é que trabalho com os jogadores durante a semana, eu é que os conheço. Não se justificava mudar alguém. Não interessa falar de A ou B porque fomos eliminados e a história do jogo não tem a ver com isso. Tem a ver com o facto de termos jogado uma hora e cinco minutos com menos um e contra uma boa equipa», referiu.
Por falar no Dínamo Kiev, Jorge Jesus repetiu a mesma expressão quando, na época passada, ainda no Benfica, defrontou a equipa ucraniana na fase de grupo da Liga dos Campeões. «Vocês não devem conhecer bem o Dínamo de Kiev, jogaram contra mim, o Bayern e o Barcelona há um ano e todos tiveram dificuldades. Não é uma equipazinha qualquer. A nossa equipa melhorou muito com as substituições», atirou ainda.
