opinião

Elisabeth Regina

1 jun 2022, 07:00

Notas Soltas

A Rainha é a mais conhecida e reconhecida figura da monarquia na atualidade. Já fiz referência aos seus elevados níveis de popularidade. Extravasam géneros, raças, credos religiosos ou nacionalidades. O ano de 2022 é particular: celebra-se o seu Jubileu de Platina.

Na primavera de 1926, o tempo está horrível, frio e chuvoso. Em Londres, um vento glacial fustiga às margens do Tamisa. Nasce a filha primogénita de Jorge Sexto. Foi no dia 21 de Abril.

Isabel II é uma página viva da História ou não fosse ela interlocutora de 12 primeiros-ministros Britânicos, de 10 presidentes americanos. As suas iniciais ER (Elisabeth Regina) decoram as pastas de correio dos ministérios, as tapeçarias da ópera de Convent Garden… os passaportes, as declarações de impostos e até as cartas de condução.

Ao contrário de um presidente eleito por sufrágio universal ou de outras famílias reais da Europa há uma redoma de vidro à volta da sua vida quotidiana. Nunca deu entrevistas. Mas é uma mulher que faz parte da História dos últimos cerca de 100 anos. É muito tempo; o tempo necessário para compreendermos o que viu, o que sentiu, o que viveu e vive.

Os reis não abdicam. Pelo menos assim é na tradição da monarquia Britânica. Porém, em razão da sua avançada idade e do seu estado de saúde (problemas de mobilidade na versão oficial de Buckingham), o filho Carlos tem vindo a assumir cada vez mais protagonismo nos assuntos da Coroa. E há um sinal a reter que já foi dado pela mãe: quer que Camila seja rainha consorte.

A mãe de Isabel morreu com 101 anos. Isabel II permanece e os Britânicos vibram com as celebrações do seu Jubileu. Ou não fosse ela Elisabeth Regina.

 

Colunistas

Mais Colunistas

Patrocinados