Autópsia de Rendeiro marcada para esta terça-feira

Agência Lusa
16 mai 2022, 09:15
João Rendeiro

Corpo vai ser autopsiado na morgue de Pinetown, um procedimento que tem uma duração de cerca de duas horas. João Rendeiro foi encontrado morto na quinta-feira e uma nota do Departamento de Serviços Penitenciários anunciou que a morte não teve o envolvimento de terceiros

A autópsia ao ex-banqueiro João Rendeiro vai ser realizada esta terça-feira, disse fonte da morgue de Pinetown, nos subúrbios de Durban, à Lusa.

Questionada sobre se a eventual demora está relacionada com a investigação à morte na prisão de Westville, a mesma fonte não quis adiantar mais informações, apontando apenas o decorrer da investigação e sublinhando a "objetividade" do trabalho da autópsia.

Outra fonte dos serviços forenses explicou à Lusa que a diligência até poderia ser feita esta segunda-feira, mas foi preciso conciliar a agenda com a de um médico legista considerado importante para acompanhar o caso.

O especialista, que costuma acompanhar autópsias em Pinetown, "só pode estar presente na terça-feira", referiu.

Os cuidados estão relacionados com a investigação em curso, acrescentou.

A morgue de Pinetown costuma receber os corpos de falecidos na prisão de Westville, onde Rendeiro estava detido, por ser a que se encontra mais perto, a cerca de 10 quilómetros do estabelecimento penitenciário.

Fonte da morgue disse também que é expectável que a autópsia num caso como o de Rendeiro possa demorar cerca de duas horas, determinando o que causou a morte, "excluindo" outras suspeitas que a polícia tenha.

Os resultados serão depois anexados ao processo policial, em data por designar, acrescentou.

O corpo do ex-banqueiro foi reconhecido na sexta-feira pelo cônsul-honorário de Portugal em Durban, Elias de Sousa, que no sábado voltou à morgue para tratar de documentação.

João Rendeiro, de 69 anos, foi encontrado morto na quinta-feira na prisão de Westville, segundo uma nota do Departamento de Serviços Penitenciários, que excluiu o envolvimento de terceiros.

O antigo presidente do BPP estava detido na África do Sul desde 11 de dezembro de 2021, após três meses de fuga à justiça portuguesa para não cumprir pena em Portugal.

João Rendeiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do BPP, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.

O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.

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