Mulher de Rendeiro vai continuar com pulseira eletrónica mais três meses

Agência Lusa , CV
11 mai 2022, 16:58
Maria de Jesus e João Rendeiro

Maria de Jesus Rendeiro é suspeita dos crimes de descaminho, desobediência, branqueamento de capitais e de crimes de falsificação de documento

Maria de Jesus Rendeiro, mulher do ex-banqueiro João Rendeiro, vai permanecer em prisão domiciliária com pulseira eletrónica por mais três meses, adiantou fonte ligada ao processo à agência Lusa.

Maria de Jesus Rendeiro vê, assim, prolongada a medida de coação aplicada em novembro de 2021, por suspeitas de crime de descaminho de obras de arte da coleção do seu marido, das quais era fiel depositária.

Na altura, o Tribunal de Instrução Criminal considerou existir perigo de fuga, perigo de perturbação do inquérito/investigação e perigo de continuação da atividade criminosa.

Na altura, o tribunal proibiu também que Maria de Jesus Rendeiro contactasse o presidente da Antral, Florêncio de Almeida, e o filho deste.

O tribunal confirmou que a arguida é suspeita dos crimes de descaminho, desobediência, branqueamento de capitais e de crimes de falsificação de documento.

Maria de Jesus Rendeiro foi detida no âmbito da operação D’Arte Asas dirigida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) e executada pela Polícia Judiciária.

A mulher de João Rendeiro era fiel depositária dos quadros arrestados ao ex-banqueiro, considerando o tribunal que esta sabia das falsificações e do desvio das obras.

João Rendeiro, que aguarda uma decisão sobre processo de extradição para Portugal numa prisão de Durban, na África do Sul, foi alvo de três processos-crime, um deles transitado em julgado e que motivou o arresto de bens.

O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro, foi condenado no final de setembro a três anos e seis meses de prisão efetiva num processo por burla qualificada

O colapso do BPP, banco vocacionado para a gestão de fortunas, aconteceu em 2010, já depois do caso BPN e antecedendo outros escândalos na banca portuguesa.

O BPP originou vários processos judiciais, envolvendo burla qualificada, falsificação de documentos e falsidade informática, bem como processos relacionados com multas aplicadas pelas autoridades de supervisão bancária.

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