Não vai avançar ponte militar no rio Trancão que iria custar um milhão de euros

Agência Lusa , MBM
14 abr 2023, 10:44
Ponte militar no rio Trancão não prossegue na JMJ, Parque Tejo, Lisboa. (Horacio Villalobos/Getty Images)

A ponte seria um "enorme investimento" e desnecessária numa situação de emergência, revelou Sónia Paixão, do pelouro da JMJ na Câmara Municipal de Loures

A organização da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) descartou a hipótese de instalar uma ponte militar a unir as margens do Trancão, considerando que não justificaria o investimento, disse à agência Lusa fonte da Câmara Municipal de Loures.

Numa entrevista à Lusa, a vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão (PS), com o pelouro da JMJ, adiantou que a decisão de abandonar o projeto da instalação da ponte militar foi tomada de “forma consensual” pelos municípios que vão acolher o evento, Loures e Lisboa, e pela Igreja.

“A ponte militar foi uma das hipóteses colocada. Já foi abandonada porque já se percebeu que, do ponto de vista da evacuação, numa situação de emergência não iria ser necessária. Também não era por lá que ia passar o papamóvel”, apontou a autarca.

Nesse sentido, Sónia Paixão explicou que “pesadas as questões”, nomeadamente o “enorme investimento”, a decisão foi “deixar cair a concretização da ponte militar”.

O investimento para a colocação (provisória) de uma ponte militar, que ligasse as margens do rio Trancão nos concelhos de Loures e de Lisboa, poderia chegar a um milhão de euros, sendo o valor suportado a meias pelas duas autarquias.

Em 14 de março, o coordenador da JMJ nomeado pelo Governo, José Sá Fernandes, já tinha referido durante uma audição da subcomissão da Assembleia Municipal de Lisboa que a ponte militar estava “reservada”, ressalvando que a sua colocação seria uma decisão dos dois municípios.

Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 1 e 6 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.

História das JMJ

As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.

A primeira edição aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).

A edição deste ano, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.

O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJLisboa2023, no dia 23 de outubro de 2022, no Vaticano, após a celebração do Angelus. Este gesto marcou a abertura mundial das inscrições para o encontro mundial de jovens com o Papa.

Até ao momento já iniciaram o processo de inscrição mais de meio milhão de jovens.

Relacionados

País

Mais País

Patrocinados