Jazz volta a Monserrate em setembro com André Rosinha, Emma Frank, Jorge Rossy e Alexandre Frazão

Agência Lusa , DCT
8 jun, 19:09
Jazz

Pelas anteriores edições já passaram nomes como Mário Laginha, Afonso Pais, Maria João, Carlos Bica, Filipe Raposo e Rita Maria.

O Jazz em Monserrate volta ao parque da Serra de Sintra nos finais de semana de setembro, com oito concertos ao pôr-do-sol, e músicos como Eduardo Cardinho, André Rosinha, Emma Frank, Jorge Rossy e Alexandre Frazão, foi hoje anunciado.

A terceira edição do Jazz em Monserrate, sob o mote “Natureza e Jazz com os pés na relva”, vai decorrer entre 06 e 28 de setembro, com concertos à sexta-feira e sábado, numa programação composta por oito concertos às 19:00, quatro concertos para famílias e uma ‘masterclass’ às 14:00 de 21 de setembro, informou a sociedade Parques de Sintra-Monte da Lua (PSML).

O programa abre, em 06 de setembro, com um quinteto do vibrafonista Eduardo Cardinho, que deu os primeiros passos na música aos 6 anos, na Filarmónica de S. Tiago de Marrazes (Leiria), e apresenta o seu mais recente projeto “Not Far From Paradise".

O contrabaixista André Rosinha aborda, em 07 de setembro, o seu terceiro álbum, “Triskel”, acompanhado por João Paulo Esteves da Silva (piano) e Marcos Cavaleiro (bateria), deixando “fluir a improvisação livre, onde a melodia tem um papel central, com influências da música clássica e estética lírica do jazz europeu”, salienta a organização.

O quarteto da norte-americana Emma Frank sobe ao palco do relvado de Monserrate na sexta-feira seguinte, para dar a conhecer os seus cantos íntimos e melodias sinuosas, como já descreveram a sua arte, que costuma apresentar em Nova Iorque (EUA), aí acompanhada por músicos como Aaron Parks, Franky Rousseau, Tommy Crane e Zack Lober.

O quinteto de Filipa Franco apresenta-se, em 14 de setembro, interpretando temas do caleidoscópico projeto “Imagem”, com a sua voz acompanhada por João Gato (saxofone alto), Vasco Pimentel (piano), Francisco Nogueira (contrabaixo) e João Pereira (bateria), com a exploração da improvisação livre ou invadida pela delicadeza e lirismo.

O Trio de Jazz de Loulé, que junta os três jovens músicos António Quintino (contrabaixo), João Coelho (piano) e João Pereira (bateria), convida no dia 20 o reputado baterista e vibrafonista catalão Jorge Rossy, que já gravou com nomes como Brad Mehldau ou Joshua Redman, e tocou com Charlie Haden, Wayne Shorter, Lee Konitz e Carla Bley.

O duo formado pelo pianista português João Bernardo e pelo guitarrista brasileiro Augusto Baschera atua no sábado, numa fusão dos dois instrumentos e que, salienta a organização, “vão buscar inspiração à música popular, erudita e jazz para retratar a justaposição de realidades distintas”.

A cantora, compositora, multi-instrumentista e arranjadora Margarida Campelo, professora da Escola de Jazz Luiz Villas-Boas, apresenta, no dia 27, o seu primeiro álbum a solo, “Supermarket Joy”, produzido por Bruno Pernadas, numa profusão de influências, que vão da pop à dance music, passando pelo R&B, o jazz experimental e o neo soul.

O fecho com chave de ouro, no último sábado, cabe a um quinteto liderado pelo baterista Alexandre Frasão, que estudou com Alan Dawson, Kenny Washington e Max Roach, e colaborou, entre outros, com Maria João, Mário Laginha, Bernardo Sassetti e Carlos Martins, apresentando com jovens músicos a construção coletiva “Quintessência”.

Nos concertos para famílias, ao sábado às 11:00, à pergunta “O que é o Jazz?” responde a cantora e compositora Catarina dos Santos, através de uma viagem ao longo da história dessa música afinal acessível e estimulante, terminando com uma ‘Jam Session’ com a colaboração de alunos de Jazz da Escola Artística de Música do Conservatório Nacional.

A ‘masterclass’ com Jorge Rossy, em 21 de setembro, a partir das 14:00, irá abordar “a consciência dos papéis que cada músico tem na relação consigo próprio, com a banda, com a música e com o público”, bem como “qual o papel sociopolítico dos músicos de jazz, no passado, no presente e no futuro”.

A compositora Inês Laginha, também docente na Escola Artística de Música do Conservatório Nacional, é a nova diretora artística do Jazz em Monserrate, criado em 2022, com o propósito de conjugar a beleza do parque da Serra de Sintra com uma programação “sólida e de grande qualidade, que tem percorrido as diversas correntes do jazz português contemporâneo e dialogado com outras artes como o cinema e a ‘spoken word’”, segundo a organização.

Pelas anteriores edições já passaram nomes como Mário Laginha, Afonso Pais, Maria João, Carlos Bica, Filipe Raposo e Rita Maria.

A sociedade Parques de Sintra-Monte da Lua disponibiliza um serviço especial de transporte gratuito durante o festival, com início às 18:00 na estação ferroviária da Portela (lado sul), que segue depois para a estação de Sintra, e no final dos concertos, efetua-se o percurso inverso, bastando apresentar o bilhete para o concerto dessa noite.

A PSML é uma sociedade de capitais públicos, criada em 2000, que gere o parque e palácio nacional da Pena, palácios nacionais de Sintra e de Queluz, Castelo dos Mouros, palácio e jardins de Monserrate, Convento dos Capuchos e Escola Portuguesa de Arte Equestre.

O concerto do saxofonista espanhol Perico Sambeat, previsto para hoje no Parque de Monserrate, num concerto destinado a assinalar o anúncio da programação do Jazz em Monserrate foi adiado, devido às condições atmosféricas desfavoráveis. Segundo a PSML, o concerto realizar-se-á em 05 de setembro e os bilhetes a 1 euro adquiridos para hoje serão válidos para a nova data.

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