A operação “Identify me” é uma campanha sem precedentes lançada pela Interpol em maio, que tem como propósito apelar ao público para que ajude a identificar os corpos de 22 mulheres recuperados ao longo de várias décadas na Alemanha, Bélgica e Países Baixos
Uma rosa negra com folhas verdes e a inscrição “R’Nick”, era este o desenho que Rita Roberts tinha tatuado no antebraço e que, 31 anos depois do desaparecimento, permitiu que o corpo fosse identificado.
Durante três décadas tudo o que se sabia sobre este corpo feminino era que tinha sido encontrado a 3 de junho de 1992 na Bélgica, mais precisamente nas águas do rio Groot Schijn na cidade de Ten Eekhovelei. Só agora, graças a uma campanha mediática da Interpol, o cadáver foi finalmente identificado.
“A mulher com a tatuagem da flor foi identificada em 2023 como Rita Roberts, de 31 anos”, pode ler-se no site da Interpol.
A Organização Internacional de Polícia Criminal explica que alguns dias depois do lançamento da operação “Identify Me” (Identifica-me, em português) um familiar reconheceu a peculiar tatuagem da rosa negra no antebraço do corpo de Rita.
As autoridades acreditam que a vítima tinha emigrado de Cardiff rumo a Antuérpia em fevereiro de 1992 e nunca mais deu notícias. A última interação com a família foi um postal enviado em maio de 1992 e agora, “em novembro de 2023, as autoridades anunciaram a sua identificação formal”.
A operação “Identify me” é uma campanha sem precedentes lançada pela Interpol em maio, que tem como propósito apelar ao público para que ajude a identificar os corpos de 22 mulheres recuperados ao longo de várias décadas na Alemanha, Bélgica e Países Baixos. Para isso, a polícia internacional partilha no site e nas redes sociais uma seleção de informações e imagens, que até então eram reservados apenas para uso interno nas investigações.
As autoridades belgas também compartilharam a notícia que dava conta da resolução deste caso com mais de três décadas: