Tiveram cinco minutos para regressar a casa e resgatar o que conseguissem: Grindavik, a cidade islandesa em risco de desaparecer por causa de vulcão

TVI , NM
14 nov 2023, 11:06
Grindavik, Islândia (AP)

Autoridades da Islândia declararam estado de emergência com a crescente ameaça de uma erupção vulcânica “iminente”

A Islândia está em alerta máxima e uma erupção vulcânica nos próximos dias parece cada vez mais ser uma inevitabilidade. Uma das regiões em maior risco é a pequena cidade de Grindavik, onde a atividade sísmica “aumentou significativamente” e toda a população foi retirada de casa, no sábado. Esta segunda-feira, as autoridades islandesas permitiram a estas pessoas regressassem às habitações por um período total de cinco minutos para que resgatassem os pertences que conseguissem.

Estragos provocados pela atividade sísmica em Grindavik (AP)

“Só tínhamos cinco minutos, mas consegui esticá-los para 15. Apenas trouxe o que vi à minha volta. Fotografias dos meus netos, fotografias minhas quando era mais nova. As minhas melhores roupas e o meu vestido de casamento”, conta Solveig Thorbergsdottir, uma das moradoras de Grindavik, à Euronews.

Depois da luz verde, a fila de carros para entrar em Grindavik começou a crescer perante aquela que pareceu ser a última oportunidade dos 3.400 habitantes para resgatar pertences, memórias e animais de estimação que ficaram para trás aquando da evacuação, noticia o The Independent.

Fila de trânsito registada esta segunda-feira para entrar em Grindavik (AP)

“Nesta altura, não é possível determinar com exatidão se e quando o magma vai atingir a superfície terrestre”, alerta o o Gabinete de Meteorologia da Islândia, citado pela Euronews.

As autoridades da Islândia declararam estado de emergência com a crescente ameaça de uma erupção vulcânica “iminente” que “poderá fazer desaparecer a totalidade da cidade de Grindavik”.

De acordo com o Gabinete de Meteorologia da Islândia, a erupção pode durar “várias semanas”. Desde que a atividade sísmica teve início, há cerca de três semanas, já foram registados 30 mil terremotos.

Habitantes de Grindavik esta segunda-feira (AP)

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