Equipa comandada por Renato Paiva trabalhou com comandados de Klopp na preparação da final com o Tottenham
A preparação para a final da Liga dos Campeões, que o Liverpool venceu, teve o FC Porto no percurso até ao jogo decisivo de Madrid, mas também uma história curiosa e a envolver a equipa B do Benfica. Foi com a formação secundária dos encarnados que o plantel orientado por Jurgen Klopp preparou o duelo com o Tottenham, no Wanda Metropolitano.
Com o fim do campeonato inglês, o Liverpool via-se com 21 dias para trabalhar na final europeia com o Tottenham e Jurgen Klopp pretendia realizar um jogo particular contra uma equipa com tática semelhante à formação de Mauricio Pochettino, bem como num clima semelhante ao do local da final.
Resultado? O local foi o Marbella Football Center, em Marbella, no sul de Espanha. E o adversário… o Benfica B. Como? O adjunto de Klopp, o holandês Pepijn Lijnders, que passou pelo FC Porto entre 2008 e 2014, pediu a um antigo colega seu nos dragões uma recomendação, sendo sugeridos os bês do Benfica. O contacto estabeleceu-se antes do fim da época, para que as águias trabalhassem nos moldes dos Spurs da forma mais aproximada possível.
«Não sei se, como técnico, um dia chegarei à final da Liga dos Campeões. Esta foi uma oportunidade para ficar um pouco perto ou perto desse ambiente e ver como uma grande equipa se preparar para esse jogo», contou Renato Paiva, treinador do Benfica B, aos canais oficiais do clube inglês, já depois de também revelar alguns dos segredos do encontro, ao jornal A Bola.
«A primeira ação antes de chegar a Marbella foi estudar o Tottenham e o modo como jogam para encontrar coisas parecidas com a maneira como o Benfica B joga. Tivemos uma reunião com o pessoal do Liverpool e mostraram-nos a forma como pensavam que o Tottenham jogaria na final. Estudaram o Benfica B também porque existem coisas semelhantes entre as duas equipas. Depois dessa reunião, eles pediram comportamentos ofensivos à defesa para adaptar os nossos jogadores. A maneira como construímos era quase igual à do Tottenham, ficámos felizes», notou Paiva, impressionado com o lance que originou o penálti do golo de Salah e o golo de Sadio Mané que inaugurou esse particular com o Benfica B, dias antes.
«Incrível a semelhança», notou Paiva, enquanto Pepijn Lijnders salientou o «processo» que «é tão importante quanto o jogo».
