Palermo no Villarreal não é uma loucura

19 jan 2001, 16:08

História de sucesso permitiu ao modesto clube contratar o goleador argentino Os milhões investidos na contratação de Martin Palermo não foram uma simples loucura de um dirigente. É uma forte aposta de uma região rica que permitiu ao modesto clube, em apenas três anos, multiplicar por doze o seu orçamento anual, aumentar a lotação do seu estádio e construir uma cidade desportiva.

A recente contratação de Martin Palermo concentrou as atenções do mundo no modesto clube de Villarreal. Os milhões investidos no goleador argentino não são uma loucura de um dirigente mas, antes pelo contrário, são apenas uma das pontas de uma história de sucesso. 

A pequena cidade de Villarreal está inserida no chamado «Triângulo de Ouro» de Castela, que integra Onda, Nules e a própria Villarreal. Uma região abastada que cria riqueza na exportação de laranjas e na forte indústria de azulejos e cerâmica, que permite à região ter um dos índices de desemprego mais baixos de Espanha, 4 por centro. 

Fernando Roig, principal accionista e presidente do Villarreal, é proprietário da Pamesa, uma empresa com um milhar de trabalhadores e cuja facturação rondou os 100 milhões de dólares em 2000. O seu irmão Juan é proprietário de uma cadeia de supermercados que apresentou lucros na ordem dos 40 milhões de dólares em 2000 e é presidente do Pamesa Valência, um clube de basquetebol fundado há dez anos e já poderoso. O outro irmão, Francisco, é o principal accionista do Valência. 

Fernando Roig comprou o Villarreal em 1997 e, desde então, o clube não parou de crescer. Em apenas três anos, o modesto clube multiplicou por quase doze vezes o seu orçamento anual. O seu estádio, El Madrigal, aumentou a sua capacidade de 3 mil lugares para 17 mil. O número de sócios subiu dos 3.800 em 1997 para 15.500 em 2000. O ano passado, Fernando Roig inaugurou a cidade desportiva do clube com 70 mil metros quadrados e a equipa conseguiu a promoção à I Liga. 

As contratações dos argentinos Martin Palermo e Gustavo Barros Schelotto são apenas mais mais um degrau na pretensão de Fernando Roig em tornar o Villarreal um clube conhecido em todo o mundo. 

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