Congresso brasileiro quebra sigilo bancário da CBF

1 nov 2000, 20:04

Investigação ao contrato da Nike com a selecção

A Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) do Congresso brasileiro aprovou hoje a quebra do sigilo bancário da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e do seu presidente, Ricardo Teixeira. A CPI está a investigar a relação da Nike com a CBF, depois da divulgação do contrato entre as duas entidades ter revelado indícios de irregularidades. 

Segundo o acordo, divulgado pelo jornal Estado de Minas, a selecção brasileira era obrigada a disputar 50 jogos particulares definidos pela Nike, que obrigava à utilização de oito jogadores de expressão internacional.  

O que vem confirmar várias suspeitas, entre as quais a de que Ronaldo foi obrigado a jogar a final do Mundial, apesar de uma forte indisposição. O próprio Ronaldo, bem como Roberto Carlos e Edmundo, vão ser ouvidos pela CPI, muito provavelmente por causa deste caso. 

Serão ainda chamados a testemunhar o ex-presidente da FIFA João Havelange, Pelé, os cronistas Juca Kfouri e Tostão e os jogadores Ronaldo, Roberto Carlos e Edmundo. 

A CPI vai ainda investigar as contas bancárias do presidente da CBF, Ricardo Teixeira, da empresa Traffic, que serviu de intermediária entre a Confederação brasileira e a Nike, e do seu proprietário, J. Hawilla.

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