REVISTA DE IMPRENSA. Edição desta terça-feira do Jornal de Notícias revela que os atletas são traficados como mercadoria por falsos agentes e responsáveis de clubes. Atualmente estão em curso 39 investigações que deverão dar origem a acusações do Ministério Público
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) identificou, nos últimos cinco anos, identificou 250 futebolistas alvo de imigração ilegal, sendo que a maioria dos casos foi praticada por dirigentes de clubes amadores ou de escalões inferiores.
A notícia é avançada na edição desta terça-feira do Jornal de Notícias, que refere que, nos últimos cinco anos, o SEF investigou 57 clubes de futebol em Portugal continental e nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira por suspeitas dos crimes de auxílio à imigração ilegal e tráfico de seres humano. Destas investigações resultaram 93 arguidos, entre os quais 62 dirigentes, 13 agentes, 12 atletas e um treinador.
Fonte daquela polícia das fronteiras citada pelo jornal revela que a maioria destes atletas entra em Portugal ao abrigo da isenção de visto para estadias de curta duração, ou seja, para turismo, "o que não permite o exercício de atividade profissional".
Nas investigações desenvolvidas pelo SEF também foram apurados crimes de falsificação de documentos na elaboração de falsos contratos de trabalho com empresas de pessoas ligadas aos clubes. Segundo o jornal, "oficialmente são, por exemplo, operários de construção civil, mas na prática apenas jogam futebol".
