Gil Vicente-Benfica, 0-2 (crónica)

Nuno Dantas , Estádio Cidade de Barcelos
21 ago 2021, 19:57

Águias vencem no poleiro dos galos e já só pensam no PSV

Foi uma vitória das águias arrancada a ferros no poleiro dos galos. No intervalo da decisão da Champions, o Benfica fez poupanças na equipa e só a cinco minutos do fim conseguiu desbloquear um jogo que ameaçava terminar empatado. Lucas Veríssimo, primeiro, e Grimaldo, depois, deram o triunfo às águias que, agora, já podem pensar descansadamente na entrada da liga milionária.

O Gil Vicente deu excelente réplica, também podia ter marcado, mas acabou por sucumbir à pressão e à qualidade individual encarnada. A formação barcelense voltou a mostrar a razão de ser a única equipa, com a exceção dos três grandes, que estava no topo da classificação.

Muitas mudanças

Galos e águias entravam para a 3.ª jornada partilhando a liderança do campeonato. Com o foco na entrada para a fase de grupos da Champions, o Benfica também não tem facilitado no campeonato e, com maior ou menor dificuldade, saiu vencedor nos dois primeiros jogos. O Gil Vicente tem demonstrado que é uma equipa coesa, com processos consolidados e um osso duro de roer.

Sabendo da importância do encontro da próxima terça-feira, Jorge Jesus promoveu seis alterações no onze inicial. Gilberto, Gil Dias, Meité, Taarabt, Gonçalo Ramos e Everton renderam Diogo Gonçalves, Weigl, João Mário, Rafa, Pizzi e Grimaldo. Do outro lado, Ricardo Soares preparava-se para lançar Murilo no lugar de Bilel, mas o francês acabou por entrar de início na mesma, uma vez que Fran Navarro lesionou-se no aquecimento.

Jogo dividido

Mantendo a estrutura (3-4-3), os encarnados cedo perceberam que para sair de Barcelos com os três pontos iam ter de suar a camisola. Os gilistas faziam pressão alta para condicionar a saída de bola benfiquista e conseguiam recuperar o esférico com alguma facilidade. Contudo, na primeira vez que as águias foram à baliza contrária marcaram, golo que acabaria anulado por fora de jogo.

Primeiro foi Taarabt que rematou à entrada da área e o esférico bateu no poste. Depois, foi Gilberto a aparecer na área a cabecear à trave e, na recarga, a marcar. No entanto, Everton, que fez a assistência, recebeu a bola em offside. Responderam os barcelenses por Pedrinho e Fugimoto. O primeiro, com um centro/remate, obrigou Vlachodimos a voar e a tirar o esférico para canto. Já o japonês disparou uma bomba à entrada da área para uma excelente defesa do guardião grego.

Jesus teve de ir ao banco

Na segunda metade a formação encarnada entrou melhor, mas continuava com processos lentos no ataque. Por isso, Jorge Jesus só 15 minutos para mexer na equipa, lançando João Mário, Pizzi e André Almeida. Por seu turno, os galos perderam frescura física e deixaram de ter tanta capacidade de sair para o ataque. Aproveitou o Benfica para chegar ao golo, mas uma vez mais foi anulado por fora de jogo.

Desta feita foi Yaremchuk a aparecer à boca da baliza a atirar para o fundo das redes. Pouco depois, foi Gonçalo Ramos a aparecer solto ao segundo poste e a cabecear para a defesa do jogo de Kritciuk. As águias continuavam a carregar e Pizzi também esteve perto do golo. Após cruzamento apareceu solto ao segundo poste a rematar à malha lateral.

Os gilistas só por uma vez conseguiram soltar-se das amarras e a chegar à baliza contrária com qualidade. Talocha deixou dois adversários para trás e isolou Murilo que, no cara a cara com Vlachodimos, perdeu para o grego.

Insatisfeito com a igualdade, o técnico encarnado voltou a mexer lançando Darwin para o ataque – já não jogava quase há três meses por lesão. Ricardo Soares respondeu colocando Hackman no eixo da defesa, passando para uma linha de cinco atrás.

As águias foram tentando, mas esbarraram na excelente exibição de Kritciuk, que foi adiando o golo. Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. O ditado fez todo o sentido a cinco minutos do fim, altura em que o remate de Pizzi acabou por encontrar Lucas Veríssimo solto na área a rematar para o primeiro golo.

Estava desfeito o empate e quebrada a resistência barcelense. A fechar, o melhor golo: Grimaldo, à entrada da área, encheu-se de fé, e disparou uma bomba que só terminou no fundo das redes. Aqui, o guarda-redes russo nada pôde fazer para evitar o segundo e a derrota.

Relacionados

Benfica

Mais Benfica

Mais Lidas

Patrocinados