Capital ucraniana voltou a ser atingida, com o exército russo a afirmar que destruiu uma infraestrutura militar que fabricava defesas contra aviões e navios
O exército russo atingiu esta sexta-feira uma infraestrutura militar ucraniana nos arredores de Kiev. De acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, mísseis do tipo “Kalibr” foram disparados a partir do mar, tendo destruído uma zona onde se produziam e reparavam meios de defesa aéreo e naval.
“Durante a noite, mísseis de alta precisão de longo alcance atingiram uma infraestrutura militar nos arredores de Kiev. Como resultado do ataque na base militar de Zhuliany Vizar, locais de reparação de sistemas anti-aéreos de médio e longo alcance, bem como sistemas anti-navios, foram destruídos”, informou o major-general Igor Konashenkov, representante da Defesa russa.
Nas mesmas declarações, e num regresso às ameaças a Kiev, o representante do Ministério da Defesa da Rússia disse que o número e a escala de ataques com mísseis em Kiev vai aumentar, sendo essa a resposta ao que a Rússia entende serem ataques terroristas ou atos de sabotagem em território russo.
Recorde-se que nos últimos dias a Rússia afirma terem ocorrido dois ataques das forças ucranianas no seu território. Depois de um bombardeamento na região de Kursk, que faz fronteira com a zona de Kiev, a Defesa russa informou sobre um ataque conduzido com helicópteros na região de Bryansk, perto de Chernihiv. Neste último caso, que atingiu a cidade de Klimovo, a Rússia afirma que uma zona residencial foi atingida, tendo sido registados oito feridos, entre os quais uma grávida e uma criança.
"O número e a escala de ataques com mísseis contra alvos em Kiev vai aumentar em resposta a quaisquer ataques de natureza terrorista ou de sabotagem contra o território russo por parte do regime nacionalista de Kiev", acrescentou o responsável.
O porta-voz militar disse que um dos helicópteros ucranianos utilizados nos ataques foi destruído por um míssil disparado pelo sistema de defesa aérea S-400 ao regressar à sua base na Ucrânia.
As novas declarações de Moscovo voltam a centrar o foco em Kiev pela primeira vez em vários dias, depois de as tropas russas terem deixado a capital ucraniana rumo à região do Donbass.
