Putin ligou a Lula para o convidar a ir à Rússia mas o presidente brasileiro recusou

26 mai 2023, 16:44
Lula da Silva e Vladimir Putin (Alexei Druzhinin/AP)

Ainda assim, Lula da Silva reitera a intenção de fazer do Brasil uma parte decisiva no alcançar da paz na Ucrânia

O presidente do Brasil recusou o convite do presidente da Rússia para participar no Fórum Económico Internacional de São Petersburgo. O anúncio foi feito pelo próprio Lula da Silva, que conversou ao telefone com Vladimir Putin.

Apesar da recusa em participar na reunião, Lula da Silva reiterou a disponibilidade do Brasil em participar numa solução de paz mediada com Rússia e Ucrânia, à imagem do que já fizeram Índia, Indonésia e China, que têm tentado conversar de forma igual com ambos os lados.

“Conversei agora por telefone com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. Agradeci o convite para ir ao Fórum Económico Internacional de São Petersburgo e respondi que não posso ir à Rússia neste momento”, pode ler-se na publicação do presidente brasileiro.

Em resposta, Vladimir Putin garantiu que o Kremlin está aberto ao diálogo, numa altura em que o mesmo tema é discutido ao mais alto nível em Moscovo. O enviado especial da China para os Assuntos Euroasiáticos encontra-se na capital russa, depois de já ter estado em Kiev e em Bruxelas a apresentar os planos de paz da China.

O presidente russo “confirmou a abertura do lado russo ao diálogo na via política”, acrescentando que a diplomacia “ainda está bloqueada por Kiev e pelos seus apoiantes ocidentais”.

“Alguns aspetos atuais da parceria estratégica russo-brasileira foram discutidos e o interesse mútuo foi expresso. A conversa foi construtiva e informativa”, referiu ainda a nota do Kremlin.

Na semana passada, Lula da Silva esteve no encontro do G7 no Japão, onde se encontrou com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, para discutirem o que pode ser feito para alcançar a paz na guerra.

O Palácio do Planalto destacou esse encontro como uma reunião entre “países da maior relevância para o desenho de uma nova geopolítica global”.

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