Alcance de mil quilómetros e muitos danos. A Rússia atacou a Ucrânia como há muito não se via

8 mai, 19:04
Presidente da Rússia, Vladimir Putin (AP)

Foram mais de 70 ataques entre mísseis e drones que tinham como alvo as infraestruturas energéticas do país

Um ataque “maciço” como não se via há semanas. A Rússia voltou a atingir a Ucrânia em força, tendo como alvo as infraestruturas energéticas, um dos objetivos prediletos de Moscovo.

Ao todo foram lançados da Rússia ou de zonas ucranianas controladas pelos russos 76 projéteis, incluindo 55 mísseis e 21 drones, de acordo com o comandante da Força Aérea da Ucrânia, Mykola Oleshchuk.

Um ataque que ocorreu, sobretudo, durante a noite e a madrugada, com as forças ucranianas a conseguirem destruir 59 dos projéteis lançados.

Entre os inúmeros alvos estiveram centrais elétricas ou infraestruturas de transmissão de cidades tão díspares como Poltava, Kirovohrad, Zaporizhzhia, Lviv, Ivano-Frankivsk ou Vinnytsia, confirmou o ministro ucraniano da Energia, Herman Halushchenko.

“O inimigo quer privar-nos a capacidade de gerar e transmitir eletricidade em quantidades suficientes. Poupar eletricidade é uma contribuição de cada um de nós para a vitória”, acrescentou.

Para se ter uma ideia da dimensão geográfica do ataque, Lviv e Zaporizhzhia são quase em pontos opostos da Ucrânia. A separar as duas cidades estão cerca de mil quilómetros, sendo que a primeira fica numa das zonas ucranianas mais próximas da União Europeia, enquanto a segunda está numa das quatro regiões ucranianas que a Rússia anexou de forma ilegal.

Legenda

Na sequência deste ataque pelo menos três pessoas ficaram feridas, incluindo uma mulher e um homem que foram levados para um hospital de Kiev com graves feridas nos braços e pernas. Também uma criança de oito anos teve de ser hospitalizada em Kirovohrad.

Este ataque é mais um na tentativa russa de paralisar o sistema energético ucraniano, numa altura em Kiev ordena às suas tropas que se mantenham firmes nas linhas da frente do este.

Uma resistência que se pede até, pelo menos, o Congresso dos Estados Unidos efetivar o envio de mais de 60 mil milhões de dólares (cerca de 56 mil milhões de euros) em ajuda militar para Kive.

Entre os alvos mais atacados da Rússia estão centrais da DTEK, a empresa que gere a rede energética ucraniana, e que viu três centrais termoelétricas danificadas, naquele que foi o quinto ataque às suas centrais no espaço de mês e meio.

Duas infraestruturas foram também atacadas em Lviv. São, de acordo com informações militares prestadas à CNN, infraestruturas críticas.

Apesar da dimensão do ataque, o presidente ucraniano garantiu que “todos os serviços necessários estão a trabalhar para mitigar as consequências do terror russo”.

“Todo o mundo deve perceber quem é quem. O mundo não deve dar uma nova chance ao Nazismo”, acrescentou Volodymyr Zelensky numa publicação através da rede social X.

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