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Alverca-Lus. Évora, 2-1 (crónica)

26 nov 2000, 21:10

Má pontaria ou boa defesa? Não há dúvida que os avançados do Alverca estiveram em dia «não». Numa tarde cinzenta, os poucos adeptos que acorreram a Alverca assistiram a um jogo sem emoção, onde o golo de Ramires, no último minuto, salvou a eliminatória para o Alverca. Do Lusitano fica a boa exibição e a luta pela eliminatória, até ao último momento.

Uma tarde cinzenta, pouca pontaria dos atacantes da casa e um bom desempenho da defesa alentejana. Assim se pode resumir do jogo da tarde de hoje (domingo) entre o Alverca e o Lusitano de Évora, que terminou com um sofrido 2-1 a favor da equipa visitada. 

A jogar com um sistema táctico semelhante (4x4x2), as duas equipas entraram em campo com objectivos distintos. Jesualdo Ferreira, limitado pelas lesões de vários jogadores, queria resolver a eliminatória num só jogo e seguir tranquilo no campeonato nacional. Já o técnico dos eborenses apostava no adiamento da decisão para um encontro na cidade património mundial, que traria vantagens financeiras ao clube da II B e alguma visibilidade à equipa. 

Sem emoção e sem golos. Assim se resumem os primeiros 40 minutos de jogo. Com a equipa da casa a dominar o meio-campo alentejano, os adeptos desesperavam com os falhanços da equipa da casa, que teimava em não concretizar as oportunidades que o adversário ia consentindo. Aos 42 minutos Caju, através da marcação de um livre sobre a linha da grande área alentejana, lá conseguiu inaugurar o marcador e dar aos ribatejanos a alegria que há tanto ansiavam. 

Passavam três minutos do segundo tempo quando Nélson colocou a igualdade no marcador. Um golo merecido pela equipa alentejana, não tanto pelas jogadas de ataque que realizava, mas pela capacidade de jogar «de igual para igual» que demonstrava perante um clube do escalão máximo do futebol português. A partir do golo do Lusitano, o jogo voltou a perder emoção. As oportunidades falhadas da primeira parte repetiam-se, com a agravante de serem cada vez mais escassas.  

Jesualdo jogou do banco 

Perante a ineficácia da sua linha atacante, Jesualdo Ferreira decidiu colocar Ramires e André em campo, com o objectivo de refrescar a equipa e resolver o encontro. Mas tudo continuava na mesma. A dois minutos do fim, o técnico dos ribatejanos jogou a última cartada e colocou em campo Chiquinho Conde, passando a jogar com três avançados. Era o tudo por tudo. Os adeptos desesperavam e criticavam a equipa ansiando pela vitória. Os jogadores, nervosos, procuravam chegar à baliza de Sardinha, mas a defesa do Lusitano parecia implacável - ou era a pontaria que não ajudava ?... 

E quando o prolongamento parecia um dado adquirido... eis que surge Ramires. O golo do avançado do Alverca provocou uma explosão de alegria nos adeptos e no banco da equipa da casa. De um momento para o outro mudou a história do jogo, para desalento dos jogadores e adeptos eborenses que se deslocaram a Alverca. Afinal, a surpresa não surgiu, a eliminatória não foi adiada e a equipa de Jesualdo Ferreira segue em frente na Taça e, certamente, um pouco mais motivada para os próximos jogos do Campeonato. Quanto ao Lusitano, o sonho da Taça fica por aqui...

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