Portugal anuncia novo pacote de apoio à Ucrânia em “momento crítico” de contraofensiva

Agência Lusa , BC - atualizada às 10:50
16 jun 2023, 09:18

Portugal envia para Kiev 14 viaturas blindadas e nove obuses, anunciou a ministra da Defesa em Bruxelas

 Portugal anunciou hoje um novo pacote de apoio para a Ucrânia, com 14 viaturas blindadas de transporte pessoal e nove obuses, ascendendo a 1.125 toneladas de material já enviado, num “momento crítico e importante” de contraofensiva ucraniana.

O anúncio foi feito pela ministra da Defesa, Helena Carreiras, em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas no dia em que termina a reunião dos ministros da tutela da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).

A ministra precisou que Portugal vai “doar mais 14 M113, que são veículos blindados de transporte de pessoal, e mais nove obuses [105 mm] num novo pacote de apoio”, após a “visita do ministro [ucraniano dos Negócios Estrangeiros] Dmytro Kuleba a Lisboa”.

“Este é um novo pacote que Portugal disponibiliza à Ucrânia, realçando aquilo que temos feito e o nosso permanente apoio na medida das nossas possibilidades neste esforço, que é agora ainda mais significativo, dado estarmos num momento crítico e importante que tem a ver com esta contraofensiva que vai levar algum tempo, mas que para a qual o todos os Aliados [da NATO] se mobilizam para apoiar a Ucrânia no seu esforço de enfrentar esta invasão ilegal da Rússia”, salientou Helena Carreiras.

Este apoio a Kiev visa “construir as condições para que seja possível pensar num futuro de paz e de negociações”, acrescentou.

De acordo com a ministra da Defesa, “entre estes veículos blindados e todo o restante material - e contando com este último pacote - já vai superar a as 1.125 toneladas no material” que Portugal mobilizou para a Ucrânia.

Depois de ter anunciado, em outubro de 2022, que o Governo iria enviar para a Ucrânia os seis helicópteros Kamov de combate a incêndios, sem licença para operar em Portugal por serem de origem russa e um dos quais inoperacional, Helena Carreiras disse que “está a ser planeado neste momento a preparação do envio”.

O atraso deveu-se a “um compasso de espera em que aguardámos que a Ucrânia nos sinalizasse como e quando deveríamos proceder”, explicou a governante, recordando o falecimento do ministro ucraniano da Administração Interna, no início do ano na sequência da queda de um helicóptero.

Já um dia depois de a coligação formada pelos Países Baixos e Dinamarca para treinar pilotos ucranianos em caças F-16 ter afirmado que essa ação iria começar o mais rápido possível, e de Portugal ter dito que estava disponível para participar neste treino, Helena Carreiras adiantou à imprensa portuguesa que “a ideia é que seja nos próximos meses”.

“Até ao verão teremos novidades porque o grupo está a reunir-se e está a definir as necessidades e os requisitos para essa formação. Há muitos detalhes a serem definidos, mas creio que esse é o objetivo, […] até ao final do ano”, especificou a governante, ressalvando ainda não se saber se “será em Portugal ou noutro contexto”.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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