Vítor Baía e o calvário do joelho direito

18 nov 2000, 16:46

Guarda-redes do F.C. Porto já foi alvo de três intervenções cirúrgicas Vítor Baía tem problemas no joelho direito desde Setembro do ano passado. Mas agora a origem das dores é outra: não se trata de uma lesão no menisco, mas no tendão rotuliano. Maisfutebol faz-lhe a cronologia.

A grande dor de cabeça de Vítor Baía dá pelo nome de de operação ganha contornos prováveis, face às dores que apoquentam o atleta. Caso se confirme, será inevitável uma paragem de quatro meses. 

O calvário do jogador do F.C. Porto começou em Setembro do ano passado, frente ao Olympiakos, em jogo a contar para a Liga dos Campeões. O choque com Esquerdinha motiva queixas permanentes e uma semana de ausência dos treinos. A viagem à capital espanhola esteve em risco, mas Vítor Baía recupera a tempo para realizar uma exibição soberba diante o Real Madrid, apesar de continuar a ser perseguido pelas dores. 

No mês de Outubro de 1999, o sofrimento mantém-se, mas o guarda-redes azul e branco veste a camisola da selecção, frente à Hungria, joga com o Sporting, mas não alinha com o Olympiakos. Viaja para a Grécia, onde acaba por ver o jogo no banco. Depois, chegou o mês de Dezembro, de má memória. Nas Antas, diante o Hertha de Berlim, rompe o menisco, o que precipita a operação ao joelho direito. 

Regresso condicionado 

Em Janeiro, Vítor Baia retoma os treinos, mas rapidamente se ressente do esforço, face ao edema, e é obrigado a paragem forçada. E aqui surge um novo ciclo, marcado por altos e baixos. Regressa à competição em Fevereiro, frente ao Fafe, em jogo a contar para a Taça de Portugal, para voltar à titularidade no campeonato com o Rio Ave. Na altura, a crítica assombrou o guarda-redes do F.C. Porto, acusando-o do empate frente aos vila-condenses, pois os dois golos entraram pelo lado direito da baliza. 

Tudo levava a crer que estivesse recuperado, mas um derrame no joelho motiva nova paragem e consequente drenagem de líquido articular. Ninguém contava com o problema, mas a situação conhece novos episódios. Em Março, integra os trabalhos, sem limitações, e é chamado para o compromisso com o Sparta de Praga, joga em Alvalade e viaja a Berlim. 

Operado na Bélgica 

Tudo parecia bem encaminhado, mas o azar fala mais alto. No mesmo mês, Vítor Baía deslocou-se à Bélgica, onde foi observado pelo especialista Nebojsa Popovic, que lhe diagnosticou uma tendinite. Num abrir e fechar de olhos regressa a Portugal, mas as dores motivam nova viagem, em Abril, e consequente artroscopia no Centro Hospital de Liège para limpar a estrutura sinovial do joelho direito. 

A partir daqui muito se especulou. O Europeu esteve em risco, mas Vítor Baía recupera a tempo e regressa à competição frente ao Sporting, na finalíssima da Taça de Portugal. Agora, a saga continua, se bem que o problema seja diferente. Não se trata de uma lesão no menisco, mas no tendão rotuliano, que já o levou à mesa de operações quando representava o Barcelona. Na altura, o grande dorido era o joelho esquerdo.

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