«Sabia que era uma situação passageira», diz Rubens sobre a dispensa

16 jul 2001, 15:45

Sem medo de falar do passado

Sem medo de falar do passado, Rubens Júnior não evitou as perguntas sobre a sua súbita dispensa das Antas, na época transacta. Para o brasileiro, tratou-se de uma «situação passageira», ainda que nunca devidamente esclarecida. O pensamento do jogador foi sempre voltar ao F.C. Porto, para provar que estava a ser vítima de injustiça. 
 

-- Saiu magoado com as pessoas do F.C. Porto, na altura?

-- Quando saí daqui, fiz questão de explicar que não tinha, nunca tive, nada contra ninguém no F.C. Porto. Muito pelo contrário, queria era que o Porto fosse campeão e que pudesse achar uma solução para as derrotas que vínhamos tendo nos jogos fora. Se ajudasse eu ter saído, sairia com a cabeça erguida. Como o fiz. 

-- Mas tinha a indicação de que iria voltar?

-- Sempre achei que tinha condições de voltar. E de jogar. Tenho contrato com o Porto por mais três anos e até ao momento em que não acabar o meu contrato, as portas têm que estar abertas...  

-- Entendeu aquela situação como passageira, então...

-- Sabia que aquela situação toda era passageira. Sempre esperei voltar, mas para tal teria que jogar no Brasil e trabalhar muito. Se isso acontecesse, havia uma possibilidade de voltar, ainda que não segura, porque dependeria sempre do treinador que viesse a dirigir a equipa esta época. O Octávio, para já, está a confiar no meu trabalho e tentarei continuar a merecer essa confiança.  

-- O que é que aconteceu para que o Porto tenha voltado a confiar em si?

-- A principal recuperação foi do ponto de vista pessoal. Toda a gente sabe que tive problemas em Portugal, na época passada. Foram problemas que me impediram efectuar uma época normal, com sequência, e isso envolveu toda uma mudança de vida. Saí de lá e estava a viver de uma determinada forma, cheguei a Portugal e mudei completamente o meu estilo de vida. Comecei a ter problemas de lesões e, pouco antes de ir embora, o Porto começou a ter uma quebra muito grande de rendimento. Foram um conjunto de problemas que me levaram a voltar.  

-- Dentro desse raciocínio, presumo que faz um balanço positivo dos meses no Brasil.

-- Foi bom, porque pude acertar a minha vida particular, que tinha mudado um pouco. Até esse aspecto acertei lá no Brasil. Hoje, estou com a vida normalizada e de cabeça preparara para trabalhar a sério no F.C. Porto. Até esse probleminha que eu tive no adutor foi uma coisa normal, pode acontecer a qualquer um. Não me vai afectar a época e não tem nada a ver com a lesão que sofri na temporada passada.

Mais Lidas

Patrocinados