Wisla Cracóvia-F.C. Porto, 0-0 (destaques)

26 out 2000, 17:02

Dois gigantes no meio-campo Paredes e Kaluzni levaram cada uma das equipas ao colo. Moskalewicz teve nos seus pés a vitória polaca, mas valeu aos portistas a desinspiração do avançado polaco. Não fossem os erros da estratégia de Fernando Santos, o F.C. Porto poderia fazer uma viagem de regresso muito mais descansada

Paredes

É um «monstro» no meio-campo. O paraguaio continua a afirmar-se cada vez mais na formação portista e já é um dos elementos mais influentes na estratégia de Fernando Santos. Recupera muitas bolas, ajuda o quarteto defensivo e tem uma qualidade de passe muito superior a Paulinho Santos, seu antecessor no lugar. No marasmo de produção do F.C. Porto, foi uma excepção em atitude e presença dentro do campo, tendo mesmo subido à área adversária para tentar o golo, nomeadamente tentando tirar partido da sua forte impulsão. 

Kaluzni

O melhor jogador dos polacos atrai as atenções de toda a equipa, recolhe o jogo, organiza-o e desempenha um papel importantíssimo no esquema defensivo. Apesar dos quase dois metros de altura que possui, apresenta muita mobilidade e a sua presença em campo chega a assustar os adversários. Se o Wisla conseguiu fazer frente ao F.C. Porto isso justifica-se muito pela acção de Kaluzni, que nunca se cansou e teve sempre a preocupação de lançar a equipa para o ataque. 

Moskalewicz

A festa podia estar nas ruas, mas o avançado estragou-a por ter falhado três golos quase feitos. Logo aos 23 minutos viu-se isolado perante Ovchinnikov e rematou muito ao lado; já na segunda parte, na sequência de um canto, volta a isolar-se e a atirar de primeira ao lado; posteriormente, aproveitou uma desatenção do guarda-redes russo e fez a bola passar poucos centímetros ao lado do poste. 

Estratégia de Fernando Santos

Fechou o treino a sete chaves, provocou admiração nos polacos pela sua postura antipática para com os jornalistas portugueses e teve medo de arriscar contra uma equipa de terceiro plano do futebol europeu. Optou por jogar com Pena sozinho na frente, não aproveitou o jogo pela alas e só colocou Romeu em campo (avançado mais possante) a escassos minutos do fim. Se tivesse arriscado mais cedo, talvez neste momento tivesse reais motivos para sorrir e viajar tranquilo para Portugal. 

Segurança exemplar

Os erros do passado não são para repetir, pelo que os responsáveis do Wisla optaram por reforçar o sistema de segurança para este jogo. Para além da presença policial, o clube contratou 140 seguranças para observar de perto os adeptos. A segurança foi considerada exemplar para todos e permitiu que o ambiente nas bancadas fosse saudavelmente entusiasmante.

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