Médio da selecção sub-21 fala da experiência em Itália O médio da selecção de sub-21 admite que a equipa tem de se concentrar mais nos primeiros minutos do jogo. Mas Ednilson mostra-se confiante para o próximo jogo, com a Holanda. E também no que diz respeito ao seu futuro na Roma onde, diz, tem aprendido muito com vedetas como Batistuta ou Aldair.
A selecção de sub-21 venceu os dois jogos que já disputou na qualificação para o Europeu de 2002, mas só depois de dois sustos iniciais. Tanto na Estónia como na Marinha Grande, frente à Irlanda, Portugal sofreu um golo e depois deu a volta ao resultado, vencendo por 3-1. Para a próxima partida, com a Holanda, Ednilson quer evitar repetir a brincadeira.
«Contra a Holanda não podemos cometer os erros dos últimos jogos naqueles quinze ou vinte minutos iniciais», observa o médio da equipa nacional.
Ednilson prevê naturalmente «um jogo muito difícil», mas considera que a forma de jogar da Holanda até pode ajudar Portugal a desenvolver o seu futebol: «A Holanda é muito forte ofensivamente. É uma equipa bem organizada, mas que gosta bastante de atacar, o que nos pode ser favorável.»
O jogador da Roma tem dividido o meio-campo da selecção com Hugo Leal e a dupla tem-se entendido bem. São velhos conhecidos, como nota Ednilson. «Já jogo com ele desde 1996, embora tenha estado dois anos afastado, por causa do problema com o Boavista», recorda o jogador, evocando o litígio que manteve com os clubes axadrezados aquando da rescisão.
Ednilson falou depois da sua experiência na Roma, onde tem sido pouco utilizado, para dizer que mantém a esperança de ganhar a confiança do técnico Fabio Capello. «Espero quando regressar ter mais oportunidades», afirma Ednilson, lembrando que esteve no banco nos três primeiros jogos oficiais que o clube fez e apenas no quarto, da primeira jornada do campeonato, não foi convocado.
«Estou a aprender muito com as grandes estrelas», garante, citando os nomes de Totti, Aldair ou Batistuta.
«Batistuta brinca muito comigo por causa de Rui Costa»
Com o avançado argentino a relação é facilitada por Ednilson ser compatriota de Rui Costa, grande amigo de Batistuta, com quem fez dupla durante anos na Fiorentina. «Ele brinca muito comigo por causa do Rui Costa, que elogia muito e considera o melhor número 10 mundial», conta Ednilson.
De resto, as maiores amizades são com os brasileiros do plantel. «Principalmente com o Marcos Assunção, porque é o mais jovem», diz Ednilson. Dos mais velhos vem outra ajuda: «O Aldair dá-me muitos conselhos.»
A Roma vai defrontar o Boavista na segunda eliminatória da Taça UEFA. Ednilson, que conhece o outro lado, é uma das fontes de Capello para estudar o adversário.
«Quando se soube do sorteio pediu-me informação sobre o Boavista», conta o jogador português, acrescentando que o seu treinador tem o próximo adversário europeu em boa conta: «Capello considera o Boavista uma grande equipa, bem organizada, com um ataque muito perigoso.»
Ednilson mantém a esperança de fazer parte da equipa nessa eliminatória. Mas não se ilude: «Gostava de jogar no Bessa, mas tenho de trabalhar muito.»
