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Vítor Baía e os adeptos: «Eles acreditam em mim!»

3 jul 2001, 01:38

Guarda-redes orgulhoso com a ovação

Desde a saída de Zahovic e depois do regresso de Barcelona que é assim. O nome de Vítor Baía ouve-se sempre pelo fim. A chamada, por ordem alfabética, como nos tempos de escola, guarda, invariavelmente, a corrida do guarda-redes para os últimos instantes da apresentação, uma inevitabilidade incontornável que chega a confundir-se com estratégia no crescer súbito dos aplausos. 

Ontem, o guarda-redes que no decorrer da época passada não cumpriu um segundo de competição, foi, curiosamente, um dos mais aplaudidos, ao ponto de o seu nome, entoado pelos adeptos, se ter sobreposto ao som da música que acompanhava os seus passos e o conduzia ao palco montado no centro do relvado. 

Baía é adorado nas Antas e voltou a percebê-lo naquele instante. «Fico satisfeito», confessaria minutos mais tarde. «É um motivo de orgulho», acrescentou, lembrado ainda do coro dos adeptos, que o deixava pensativo por uns instantes, a encaixar o discurso às emoções. «Percebi que eles sentem muito carinho por mim e que acreditam em mim», disse, num tom que conjugava a tranquilidade da expressão e o discreto tremular da voz. 

Vítor tem a baliza para conquistar. Admite-o, sem escolher adversário ou estabelecer um prazo. O método é simples: dispõe-se a «trabalhar». O resto, está seguro, «chegará com o tempo». Até lá, sugere, «vamos com calma». Ainda que com pressa, inconfessada, de retribuir a ovação. O jogo da apresentação não assinalou o regresso à competição, mas serviu-lhe de primeiro passo.

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