F.C. Porto, SAD aprovou aumento de capital

26 jun 2001, 18:35

Accionistas reuniram esta tarde

Por unanimidade. O aumento de capital social do F.C. Porto, Futebol, SAD, proposto pela Conselho de Administração da sociedade portista, foi aceite por todos os accionistas presentes na reunião desta tarde. Com a luz verde accionada, a SAD azul e branca prepara-se para ver aumentar os capitais em dez milhões de contos, dos actuais 25 milhões de Euros (cerca de cinco milhões) para 75 milhões de Euros (pouco mais de quinze milhões de contos).  

Quando a actual subscrição terminar, uma outra se iniciará, mas apenas para detentores de «warrants» - títulos de reserva de preferência em subscrições futuras. Desta forma, cada antigo accionista que compre duas acções recebe automaticamente um «warrant» que lhe garante a possibilidade de poder adquirir uma acção ao mesmo preço (dois euros) a que as actuais estão a ser vendidas. A compra das acções relativas aos títulos de reserva poderá ser efectuado de seis em seis meses, ao longo de cinco anos. Se todas as «warrants» forem adquiridas o capital social da SAD portista será aumentada para 100 milhões de euros (20 milhões de contos). 

Para o administrador Fernando Gomes, mais do que dotar a SAD de fundos económicos extra, o encaixe relativo a esta operação é importante para que «o F.C. Porto não fique dependente de capitais alheios». E explicou: «Em função dos investimentos que o Porto fez no passado, existe um desfazamento na relação do clube com os capitais sociais da SAD que este aumento vai permitir extinguir». 

A subscrição decorrerá entre o dia 9 e o dia 20 de Julho, podendo os actuais accionistas reservar as acções que pretendem adquirir já dia 3, portanto antes destas serem colocadas à venda. O preço estipulado será de cinco euros por unidade. Garantido esta já a subscrição total deste lote de acções, sendo 40 por cento adquiridas pelo Porto e os restantes 60 pelo público em geral.  

No caso destas últimas, a prioridade será dada aos actuais accionistas, aos quais se seguem os sócios do F.C. Porto e depois o público em geral. Se os dois primeiros grupos prioritários não adquirirem todas as unidades colocadas ao seu dispor, o Porto tem contratos com o Grupo Amorim para subscrever 10 por cento, com a ECOP para subscrever outros 10 e com a Sportinveste, uma holding da Olivedesportos, para adquirir 20, o que praticamente garante a subscrição de todas as dez mil novas acções. Fernando Gomes referiu neste caso que «era necessário garantir desde já que a subscrição fosse total, dada a conjuntura económica menos favorável que vivemos actualmente».

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