Procurando tornear a polémica Mesmo torneando a polémica e mostrando-se indiferente à nacionalidade do escolhido.
José Mourinho recusa-se a interpretar as recentes declarações de Gilberto Madaíl como um insulto à classe dos treinadores e, embora respeitando, não subscreve a reacção de Augusto Inácio, mesmo reconhecendo que o técnico do Guimarães «tem credibilidade». O do F.C. Porto dispensa-se de travar esta guerra e remete todas as considerações sobre o tema à Associação Nacional de Treinadores. «Pago as minhas quotas para o José Pereira falar sobre isso», sorriu.
Colocando-se cautelosamente à margem da escolha do novo seleccionador nacional e de toda a polémica que o caso tem gerado, Mourinho diz apenas querer que «a selecção ganhe». Com quem não importa, esclarece. «Seja com um seleccionador português, brasileiro ou angolano». Outros pormenores, para além da nacionalidade, justificam a sua apreensão: «Porque o F.C. Porto cede frequentemente jogadores à selecção, preferia um seleccionador com métodos de trabalho que não andassem muito longe dos nossos».
No restante, Mourinho espera apenas que a escolha federativa «acerte na mouche» ou, por outras palavras, que «Portugal seja campeão europeu», mesmo discordando de Madaíl e apontando soluções nacionais para o cargo: «Há um treinador português que é campeão europeu e há vários que são campeões nacionais».
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