«Chegou a altura do F.C. Porto ganhar alguma coisa», deseja Mlynarczik

17 set 2002, 20:42

Ex-guarda-redes habituou-se a comemorar títulos, o que «não tem acontecido» Ex-guarda-redes habituou-se a comemorar títulos, o que «não tem acontecido».

As saudades são «muitas, claro», mas o que é certo é que Mlynarczik não visita Portugal «há dois anos e meio». Depois de ter saído do F.C. Porto de forma pouco ortodoxa, na sequência de algumas discordâncias com a Direcção do clube, o ex-guarda-redes não guarda rancor.

«Comigo está tudo bem. Trabalho na selecção, à segunda, terça e quarta-feira estou no Amica Wronki. Não há qualquer tipo de incompatibilidade, pois tenho tempo para a selecção, para o Amica e para a família, com quem passo a quinta, sexta e sábado. Ao sábado e ao domingo vou ver jogos do campeonato, desde que Boniek (o seleccionador) me peça para observar algum jogador. No fundo, sou treinador de guarda-redes, mas também observador», conta, desde a sua cidade de sempre, Lodz.

Um pouco afastado do clube que lhe trouxe tantas emoções, Joseff mantém contacto com Greg Mielcarski, também ele ex-jogador do F.C. Porto, actualmente na Polónia, e com Wosniak, que foi guarda-redes do clube das Antas, não com tanto sucesso, e que agora trabalha como treinador no Widzev Lodz. De resto, apenas teve uma conversa recente com Antero Henriques, director para as relações externas do F.C. Porto, com quem recordou alguns amigos: «Fiquei muito contente por falar com ele, porque falámos um bocadinho da equipa, de Mourinho, do presidente, de Luís César, de grandes amigos».

Diz que tem acompanhado o campeonato português com relativa atenção e o único desejo que alimenta é ver o F.C. Porto novamente a ganhar títulos. «Tenho muitas saudades do Porto, porque vivi aí muitos anos, mas estou um bocadinho triste porque o clube não tem ganho quase nada. Sou e serei sempre um adepto do Porto. Nunca o esquecerei, mesmo que no passado tenha havido alguns problemas. A equipa é uma coisa, os dirigentes são outra e eu não os confundo. Mas também já esqueci essa parte, pois sei que a vida por vezes também nos traz esses momentos menos bons», revela, voltando a reiterar a vontade de assistir ao regresso do clube aos grandes momentos: «Chegou a altura do Porto ganhar alguma coisa. Já chega. Quero aproveitar para mandar um grande abraço para os jogadores, para a equipa técnica e para massa associativa. Para todos».

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