Benfica: os números antes do «clássico»

14 fev 2004, 21:00

Encarnados não perdem há cinco jogos, nove pontos de intervalo

Na terceira posição da Superliga, o Benfica tem o terceiro melhor ataque com 42 golos, precisamente atrás de F.C.Porto (47) e Sporting (43), e simultaneamente a terceira melhor defesa com 19 golos sofridos, depois do F.C. Porto (13) e do Boavista (16) e a par do Rio Ave. A equipa orientada por José António Camacho ficou em branco apenas por duas vezes, no Bessa, na primeira jornada, e nas Antas, à quinta ronda, mas tem uma média de dois golos marcados por jogo. Em véspera de clássico frente ao F.C.Porto, as equipas estão separadas por nove pontos.

Depois de uma série de cinco vitórias sem ver a bola entrar na baliza de Moreira, os encarnados perderam com o Sporting em casa (1-3) e foram a Leiria empatar a três golos. De então para cá voltaram os triunfos ¿ em Guimarães, em casa com a Académica e a semana passada no Restelo, novamente com a baliza invicta. Olhando para os jogos em casa, o Benfica não marcou nem sofreu mais de três golos - três tentos num empate com o Belenenses, à 4ª jornada, depois perdeu por 1-3 com o Sporting, à 16ª jornada. Voltou a chegar aos 3 golos na vitória sobre o Boavista por 3-2, duas rondas depois. Ao contrário do F.C. Porto, que está invicto nos jogos em casa, o Benfica foi derrotado por duas vezes. Primeiro, o Beira Mar foi vencer por 2-1 na inauguração do Estádio da Luz, à passagem da 10ª jornada, depois foi a visita do Sporting. Em todo o campeonato só por uma vez marcou mais de três golos, numa vitória por 4-1 sobre o Moreirense.

Quanto às performances em casa e fora, há perfeito equilíbrio nas vitórias: sete. De resto um empate em casa e três fora, e duas derrotas em casa e uma fora. 

Dos 42 golos marcados, Sokota e Simão dividem o topo da tabela, com oito cada um. Mas o número vinte do Benfica marcou duas penalidades e um livre directo, ou seja, quase metade desses tentos foram conseguidos de bola parada. A esmagadora maioria dos golos é obtida com o pé, e apenas sete desses 42 golos foram marcados de cabeça: Geovanni inaugurou essa vertente, marcando ao Alverca, à 11ª jornada. Mais azar para Argel, que além de um golo na baliza certa, ou seja, a contrária, tem junto ao seu nome dois auto-golos.

Os encarnados apontam mais golos entre os 15 e os 30 minutos de jogo, com 11, sendo o período que engloba o último quarto de hora do jogo o tempo de maior aproveitamento a seguir, com 9. Os golos madrugadores, nos primeiros 15 minutos, são os mais raros, com o Benfica a apontar apenas 3. Quanto aos golos sofridos, há uma tendência para que eles aconteçam antes do intervalo e perto do fim: cinco golos sofridos entre os 31 e os 45, e igual número entre os 76 e os 90. Contra si tem também dois auto-golos marcados pelo mesmo jogador, Argel.

BENFICA

3º classificado, 46 pontos (42-19)

Sequência de jogos:

E-V-V-E-D-V-V-V-E-D-V-V-V-V-V-D-E-V-V-V-V

Resultados:

0-0; 2-0; 1-3; 3-3; 2-0; 1-0; 1-4; 2-1; 1-1; 1-2; 0-3; 2-0; 0-3; 2-0; 0-3, 1-3; 3-3; 3-2; 0-1; 2-0; 0-2;

Jogos em casa:

10 jogos, 7 vitórias, 1 empate, duas derrotas (19-11)

Golos marcados:

1/15 - 3

16/30 -11

31/45 - 7

46/60 - 5

61/75 - 7

76/90 - 9

Golos sofridos:

1/15 - 2 (um auto-golo de Argel)

16/30 - 3

31/45 - 5 (um auto-golo de Argel)

46/60 - 1

61/75 - 3

76/90 - 5

Marcadores:

Simão, 8

Sokota, 8

Tiago, 4

João Pereira, 4

Nuno Gomes, 3

Fehér, 3

Zahovic, 2

Luisão, 2

Geovanni, 2

Fernando Aguiar, 2

Roger, 2

Cristiano, 1

Argel, 1

Tipologia dos golos:

Penalties, 3

Bola parada (livres), 2

Bola corrida, 37

35 com o pé

7 de cabeça

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