É da equipa B a revelação do Braga-Sporting Tem 21 anos e foi uma aposta arrojada de Manuel Cajuda. Fez esquecer a ausência do «capitão» Artur Jorge e impediu que o argentino marcasse. Conheça um dos protagonistas do jogo que deu a liderança ao Braga
Fazer esquecer Artur Jorge e anular Beto Acosta não é tarefa para qualquer um. A missão foi confiada por Manuel Cajuda a um jovem de 21 anos, que nem sequer faz parte do plantel principal do Braga. Ricardo Rocha, defesa-central da equipa B bracarense, foi um dos protagonistas do duelo de ontem à noite, que colocou os minhotos na liderança destacada do campeonato.
Em conversa com o Maisfutebol, a cartada de Cajuda deu-se a conhecer. E começou por confessar a sua satisfação pela forma como correram as coisas frente ao campeão nacional: «Senti que a tarefa tinha sido cumprida. Não é fácil anular o Acosta, trata-se de um jogador excelente, mas julgo que estive bem. O mais importante foi que o Braga venceu esse jogo».
Curto e grosso na análise, Ricardo sentenciou: «Fomos a melhor equipa em campo. Por isso merecemos ganhar».
Mas... vamos com calma. O central tem a consciência de que a oportunidade só surgiu porque Artur Jorge foi penalizado e mostra que tem os pés bem assentes na terra: «Tenho a noção de que foi apenas um jogo. Foi bom que tenha cumprido a minha missão, mas claro que não é só por isso que poderei ser titular do Braga. O Artur Jorge faz muita falta e estamos à espera do seu regresso. Quanto a mim, vou continuar a trabalhar, no sentido de justificar mais chamadas à equipa principal. Até lá, sigo o meu percurso na equipa B».
O exemplo que deu ontem enche-o de orgulho: «Foi uma boa demonstração de que as equipas B exercem uma função muito importante. É um bom incentivo para técnicos e jogadores da equipa B do Braga, porque prova que o plantel principal poderá, a todo o momento, ser reforçado com jovens desse conjunto».
Início no Famalicão, com passagem por Guimarães
A estreia como titular do Braga foi o ponto alto de uma carreira que ainda agora está a despontar. Ricardo Rocha conta o seu percurso na primeira pessoa: «Comecei no Famalicão, clube no qual assinei o meu primeiro contrato profissional. Estive um ano nos juniores do Guimarães, voltei a Famalicão e o Braga contratou-me para a equipa B».
A juventude é uma fase de sonhos e Ricardo Rocha também os tem. Ainda que não os especifique... «Apenas pretendo evoluir dia a dia e chegar o mais longe possível. Até onde? Não faço ideia, mas quero chegar longe...»
E Braga, onde pode chegar? «O Braga pode fazer coisas muitos boas este ano. O objectivo passa, certamente, pela Europa. É uma meta que poderá ser atingida, desde que a equipa continue a jogar assim».
