Paulo Madeira: «Houve pouco acompanhamento durante a lesão»

8 nov 2002, 21:08

Jogador queixa-se de algum abandono no Benfica O atleta recuperava de lesão e deixa a ideia de que o acompanhamento não foi o melhor.

Uma das mágoas que Paulo Madeira carrega, em relação ao Benfica, é o facto de ninguém lhe ter dado resposta à pergunta: Porquê? Para além disso, o atleta recuperava de lesão e deixa a ideia de que o acompanhamento não foi o melhor: «Não me foi dito nada. Mandaram-me para a equipa B sem razão alguma. Para fazer uma recuperação que, na altura, era uma situação delicada. Com excepção de uma pessoa do departamento médico, o Gaspar, que me deu algumas indicações, houve pouco acompanhamento. Ou pelo menos, não houve o acompanhamento desejável.»

Paulo Madeira esperou que lhe dessem explicações que nunca chegaram e, um dos motivos que o levam a pensar que o seu afastamento foi causado por motivos extra futebol foi o facto de o treinador, Toni, lhe ter deixado a impressão de que a decisão não teria sido sua: «Cruzei-me uma vez com Toni e trocámos uma ou outra palavra, mas nada de especial. Na pequena conversa que tive com ele, fiquei com a ideia de que a decisão não partiu da equipa técnica. Há um conjunto de pessoas que trabalha para o Benfica e que tomou essa decisão. Não tenho nada a dizer em relação a isso.»

O defesa não foi o único a passar por esta situação. Porfírio também foi afastado da equipa principal e foi parar à equipa B. Paulo Madeira lamenta que a situação dos jogadores indesejados não seja resolvida de outra forma: «Acho que o processo tem sido igual. Quem terá de falar sobre isso é ele. São situações que se passam não só no Benfica, mas em vários clubes. Isso é negativo para os jogadores e nós sentimo-nos mal com isso, mas são situações do futebol e há outras que também não estão correctas. Não vamos ser nós jogadores a alterar tudo isso. Embora, em parte, pudéssemos tentar resolver as situações da melhor maneira possível, mas isso não parte só de nós. Passa por uma mentalidade que já existe noutros países que é: o jogador não interessa, fala-se com o jogador e este é vendido. Não faz sentido as pessoas chatearem-se e estarem de castigo. Não é assim que se resolvem as situações.»

Tudo poderia ter sido diferente, considera o jogador. Bastava que as partes envolvidas clarificassem as suas posições e chegassem a um acordo: «Se tivesse havido diálogo ... Se as pessoas não contavam comigo só tinham de o dizer e isso nunca aconteceu. Não sou eu que tenho de adivinhar o que as pessoas pensam. Nunca falei porque achei que isso devia partir das pessoas do clube. Limitei-me a esperar.»

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