Heynckes: «Meira é mais útil a meio-campo»

30 jul 2000, 00:46

Técnico gostou do novo reforço Acentuando que os problemas «encarnados» passaram pelas limitações físicas de Calado e Kandaurov, Jupp Heynckes elogiou a estreia de Fernando Meira e revelou os planos a seu respeito.

A diferença esteve no meio-campo. Duscher e Jaime, mesmo sem terem realizado uma exibição soberba, superaram Calado e Kandaurov na maioria dos duelos e dinamizaram mais à vontade o jogo da sua equipa. «Antes desta partida sabia que alguns jogadores iam actuar abaixo das suas capacidades», começou por explicar Jupp Heynckes, explicitando de seguida que «o Kandaurov e o Calado, por exemplo, estiveram condicionados ao longo da semana», situação que limitou os seus desempenhos. «Quando eles não pressionam como deve ser a equipa ressente-se», resumiu o técnico alemão com um encolher de ombros. 

O reconhecimento destas limitações obriga Heyckes a estudar alternativas capazes de suprir eventuais quebras exibicionais dos dois futebolistas em questão. O treinador, todavia, prefere não falar de reforços e defende as soluções internas. «Estou a pensar colocar o Fernando Meira no meio-campo defensivo, pois aí pode ser mais útil do que na defesa, sector para o qual contamos com o Paulo Madeira, o Marchena e o Ronaldo». 

Em relação ao futuro próximo, o técnico mostra-se esperançado, mesmo reconhecendo que o Benfica está ainda bastante longe da equipa que deseja. «Temos muito trabalho pela frente. Estamos no início da temporada. O Fernando Meira, por exemplo, esteve bem se pensarmos que foi o seu primeiro jogo, mas há outros que para já não estão em condições de render o necessário». 

A presença de jornalistas espanhóis na sala de imprensa fez com que Jupp Heynckes se pronunciasse sobre a realidade futebolística do país vizinho. A exorbitância de algumas transferências, com a de Figo do Barcelona para o Real Madrid ainda a despertar conversas inflamadas, acabaria por dominar toda a segunda parte da conferência de imprensa. «É quase uma loucura aquilo que se está a passar. Com o dinheiro da televisão e do merchandising as equipas podem comprar quem quiserem. Não sei onde é que este fenómeno vai parar», referiu o treinador, terminando a dissertação com uma referência específica ao futebolista em questão. «Gosto muito do Figo. É um jogador entusiasmante. Oxalá tenha em Madrid a mesma sorte que teve em Barcelona».

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