Seleccionador alemão dá os parabéns ao adversário Völler deu os parabéns ao Brasil e defendeu o guarda-redes Kahn das críticas.
Rudi Völler, seleccionador alemão, estava conformado com a derrota da sua equipa diante da congénere brasileira. «Temos de estar felizes por aquilo que conseguimos neste Mundial», explicou o treinador, dando a entender que a magnífica prestação dos germânicos até à final vale por si, essencialmente porque não eram apontados como grandes favoritos. Compreende-se que um dos seus objectivos tenha sido o de defender o guarda-redes Kahn, mal batido no primeiro golo: «Jogámos bem em determinados momentos no Mundial, mas devemos muito do nosso sucesso a Kahn, que fez coisas fantásticas».
No entanto, o técnico assume que a sua equipa fez um bom jogo: «A nossa primeira meia hora foi muito, muito boa. Sentimos então que tínhamos o jogo controlado e conseguimos criar algumas oportunidades, mas, à medida que o jogo foi avançando, notou-se que as individualidades do Brasil começavam a aparecer como já tinha acontecido em outros jogos». Tudo se complicou «quando começaram a aumentar o reportório de soluções técnicas e tácticas».
Depois do intervalo, a selecção alemã esteve muito perto de chegar ao golo, mas não teve a sorte do seu lado e o seleccionador queixa-se disso mesmo: «Voltámos a entrar muito bem na segunda parte, mas, ao contrário do que aconteceu nos outros jogos, faltou-nos o golo que nos permitisse assumir verdadeiramente o controlo. Depois, fui-me apercebendo que alguns dos nossos homens estavam cansados e isso começou a notar-se nos espaços que Ronaldo e Rivaldo começaram a ter».
Por isso, Rudi Völler deu o braço a torcer e considerou o Brasil como um justo vencedor: «Por todos os lampejos de classe que mostraram nessa altura, tenho de concordar que o Brasil tem uma equipa magnífica». Muito concretamente: «Não há dúvida de que o Brasil merece ser campeão. Não só por hoje, mas por tudo aquilo que fizeram até aqui. São muito bons individualmente e têm um conjunto muito ofensivo». Na hora do adeus, foi dado o mérito ao adversário «temível para qualquer equipa». Em termos individuais: «Mostraram ter também um grande guarda-redes. Tenho de felicitá-los como novos e merecidos campeões»
