Gil Vicente-Benfica, 0-2 (destaques)

25 mai 2003, 23:29

O pequeno grande Simão Simão fez a diferença, frente a um adversário que entrou tarde demais no jogo.

Simão, um batalhador

O Benfica teve algumas dificuldades em acertar com a melhor forma de romper a «teia» montada pelo Gil Vicente, mas se o conseguiu, muito o deve e a Simão que foi incansável na procura de espaços. Numa altura em que os minhotos procuravam atacar, Simão recuou no terreno, procurando levar o jogo para a frente. Esteve sempre onde era necessário, não se cansou de correr e por isso, teria de ser ele a marcar o primeiro golo dos «encarnados». Na segunda parte voltou a estar em evidência. Se dúvidas houvessem quanto ao facto de ser a «jóia da coroa» benfiquista, a exibição de ontem dissipou-as.

Defesa segura

A opção em Armando para o lado esquerdo pode nem sempre ter sido bem sucedida, mas não foi por falta de empenho deste jogador, que teve ainda força para subir muitas vezes no terreno e para apoiar Simão. Os centrais estiveram seguros e Ricardo Rocha mereceu plenamente ter sido «premiado» com um lugar na sua posição de raiz. Miguel cumpriu, mas cedeu por demasiadas vezes à tentação de subir, descurando as suas missões defensivas, o que deu a Manoel algumas ocasiões para tentar a sua sorte; talvez por isso tenha saído no início do segundo tempo. Ainda assim, este quarteto teve uma actuação extremamente positiva, quanto mais não seja pela sua concentração e pela segurança transmitida ao resto da equipa.

Sokota merecia mais

Não marcou, mas merecia ter feito um golo, tal foi o empenho revelado durante toda a partida. Pode queixar-se de alguma falta de sorte, mas a verdade é que, mesmo tendo ficado «em branco», acabou por ser determinante para que a equipa chegasse à vitória. Deu muito trabalho à defesa do Gil Vicente, criou várias ocasiões de golo. O futebol nem sempre é justo e a sorte nem sempre está do lado de quem mais a procura. Ainda assim, merece uma nota muito positiva pela atitude revelada.

Roger ou o oportunismo premiado

O brasileiro não fez um bom jogo, mas acabou por cumprir a sua missão, ao apontar o segundo golo da sua equipa. No primeiro tempo não procurou o golo, limitando-se a aproveitar as ocasiões em que a bola lhe passou perto para correr e tentar chegar à baliza adversária. Numa altura em que se pedia esforço, esteve a olhar para o jogo e mesmo quando tentou dar um «ar da sua graça», não deixou de transmitir uma imagem de displicência e pouco empenho. Na segunda metade da partida ainda mostrou um pouco da sua apregoada qualidade, mas acabou por ser substituído por Fehér. Visivelmente cansado, mas com um golo na sua conta pessoal¿

Lary sem medo do Benfica

O Gil Vicente pode não ter medo, mas demonstrou um excesso de respeito que acabou por lhe custar a derrota. Não merecia outro resultado, porque entrou em campo com a firme intenção de não deixar jogar o adversário. E também não jogou, limitando-se a defender com onze jogadores quando os «encarnados» se adiantavam no terreno. O contra-ataque foi quase nulo e valeu um meio-campo esforçado e o inconformismo de alguns elementos, como Manoel e Luís Coentrão. No segundo tempo, a entrada de Lary deu alguma velocidade aos minhotos, mas foi insuficiente para que a equipa conseguisse inverter o resultado. Ainda assim, teve o condão de despertar a sua equipa do marasmo em que se encontrava, se bem que os seus colegas pareciam não acreditar tanto como ele numa reviravolta.

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