Conheça Alex, o cicerone de Deco, Clayton e Derlei

21 jul 2002, 17:56

Vai mostrar Saint-Étienne aos brasileiros do F.C. Porto Já jogou no Boavista, esteve ao telefone com Timofte e quer que Manuel José seja o seleccionador nacional.

Alex é divertido. Baixinho, mas com sentido de humor. Está no Saint-Étienne, depois de ter passado pelo futebol português, onde não conseguiu o seu espaço ao serviço do Boavista. Na época 1994/95 esteve longe da consagração e acabou por regressar ao Brasil. Projectou-se, nunca baixou os braços e chegou a França. Na época passada, foi emprestado ao Paris Saint-Germain para substituir o seu compatriota Aloísio e chegou a ser colega de Hugo Leal: «Estava sempre em minha casa. É gente muito boa».

Esta manhã passou pelo Centro de Estágio L¿ Étrat. Camisa às cores, muito folclórica, óculos escuros e um sorriso nos lábios. Recebeu uma camisola de Derlei, com quem chegou a jogar no Brasil, trocou impressões com alguns jogadores e ofereceu-se para ser o guia de Deco, Clayton e do próprio Derlei durante a folga da tarde. Será ele o cicerone dos três brasileiros do F.C. Porto, depois de ter defrontado os azuis e brancos na véspera.

Colega de Hugo Leal no PSG

Enquanto esperava pelos compatriotas, pediu ao Maisfutebol o telefone de Timofte, seu colega no Boavista. Apresentou-se como o «melhor extremo direito da Europa, depois de já ter sido o melhor do mundo» e pediu ao romeno para voltar a jogar: «Preciso de alguém como você, com um pé esquerdo assim, como o seu, para me colocar a bola à frente», disse-lhe por entre um sorriso. Alex está na II Divisão francesa depois de ter sido colega de Hugo Leal no Paris Saint-Germain, onde alinhou a título de empréstimo.

Quando chegou a Portugal para representar o Boavista, porque tinha marcado três golos aos axadrezados pelo Remo, no âmbito da transferência de Artur para o Bessa, não conseguiu chegar ao estrelato: «Era novo, cheguei a ser titular em alguns jogos, mas nunca me afirmei. Faltou-me experiência», confessou, agora aos 30 anos. No baú das recordações, apenas regista «um bom golo ao Salgueiros», que deu a vitória «num derby da cidade do Porto».

Manuel José na selecção

Após a má experiência no Bessa, onde trabalhou ao lado de Manuel José, de quem diz ser «um bom treinador e merecia ser seleccionador nacional», regressou ao Brasil, projectou-se no Goiás e regressou ao futebol europeu, mais precisamente ao Saint-Étienne: «A passagem pelo Boavista deu-me força a tranquilidade. Nunca baixei a cabeça e voltei à Europa». Mas a sua vida tem sido feita de espinhos. Foi suspenso dois meses, envolvido na onda dos passaportes falsos e o seu clube acabou por descer à II Divisão.

Ontem, Alex defrontou o F.C. Porto e gostou daquilo que viu. «Pareceu-me uma excelente equipa. Tem jogadores muito técnicos, tivemos de correr atrás deles. O Deco e o Derlei são excelentes jogadores, assim como aquele defesa que chegou a jogar comigo no Boavista. Como é mesmo o nome dele?» Pedro Emanuel, claro.

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