Campeões nacionais empataram (2-2) em jogo-treino O segundo teste da época correu mal ao Sporting, que se deixou surpreender pelo V. Setúbal. Os campeões nacionais empataram (2-2) nos últimos minutos.
O Sporting empatou com o V. Setúbal nos últimos minutos do segundo jogo-treino da época. Os campeões nacionais fizeram um mau teste em Rio Maior, que se explica, em parte, pela inadaptação ao sistema que o treinador Augusto Inácio quis experimentar.
Numa equipa muito limitada, por lesões e pela ausência de vários jogadores internacionais, que só se apresentarão no início da próxima semana, Inácio decidiu experimentar um esquema de três centrais, sistema que o técnico dos «leões» quer tentar implementar como alternativa para alguns jogos da Liga dos Campeões.
De início, Inácio colocou Marco Almeida, Quiroga e Babb no centro da defesa, adiantando os laterais César Prates e Afonso Martins, que formavam uma linha a meio-campo com Nuno Assis e Horvath. Mais à frente estavam Mahon e Edmilson e, sózinho no ataque, Acosta.
A experiência resultou numa enorme atrapalhação, em que ninguém parecia saber bem o que fazer. O V. Setúbal, que vai jogar a próxima época na II Liga, soube explorar a desorientação sportinguista e aproveitou o contra-ataque e a força de alguns homens no meio-campo para surpreender o Sporting.
Os leões só aos 20 minutos chegaram à baliza adversária. Acosta ganhou a bola na área e deu para Nuno Assis, que cabeceou para as mãos de Marco Tábuas. E, no minuto seguinte, o V. Setúbal chegava ao golo, num remate de Marquinhos, que aproveitou da melhor forma um passe de João Paulo.
A surpresa não havia de ficar por aí. O Sporting tentou reagir, mas foi o V. Setúbal quem voltou a marcar, aos 29 minutos por João Paulo, que fugiu à marcação e rematou certeiro.
Aos 39 m Inácio decidiu mexer na equipa, fazendo entrar Toñito e Ayew para render Marco Almeida e Nuno Assis. As substituições pretenderam colocar a equipa a jogar de forma mais clássica, com a defesa de quatro centrais (Afonso Martins e César Prates recuaram), e dois homens na frente (Ayew e Acosta). O Sporting voltou ao seu esquema habitual, mas nunca se organizou por completo.
A um minuto do intervalo, o Sporting quase marcou numa cabeçada de Ayew que bateu na trave, na sequência de um canto apontado por César Prates. A bola não entrou, e os campeões nacionais foram para o balneário com um resultado muito pouco animador.
No início da segunda parte Rui Águas, o treinador do V. Setúbal, fez entrar todos os jogadores que tinha no banco. Dos onze jogadores que entraram de início ficaram apenas em campo Nélson Veiga, Sérgio Jorge e Paulo Ferreira.
O Vitória continuou, no entanto, a mostrar que tinha a lição melhor estudada e a aparecer com perigo na frente. O Sporting vivia do ímpeto de alguns jogadores e foi essa garra que permitiu a reviravolta. Porque, quanto a fio de jogo, os «leões» deixaram muito a desejar.
O golo que quebrou o enguiço teve, como de costume, o selo de Acosta. O argentino ganhou uma bola na área e bateu Brassard. Faltavam cinco minutos para terminar o jogo, nas bancadas do estádio de Rio Maior, quase cheias, já se ouviam comentários muito pouco abonatórios sobre a equipa do Sporting.
Jacinto Paixão preparava-se para apitar para o final do jogo quando Horvath fez um cruzamento, da direita, que acabou em golo. A bola pareceu ter tocado em Babb (Acosta também estava na área), mas acabou por entrar directa. O Sporting respirava de alívio.
Ficha do jogo
Estádio Municipal, em Rio Maior
Árbitro: Jacinto Paixão (Évora)
Sporting - Nélson, César Prates, Quiroga, Marco Almeida (Toñito, 39 m), Babb, Afonso Martins, Nuno Assis (Ayew, 39 m), Horvath, Mahon (Iordanov, 50 m), Edmilson e Acosta.
V. Setúbal - Marco Tábuas, Hélio, Quim, Fernando Mendes, Sérgio Jorge, Nelson Veiga, Marquinhos, Paulo Ferreira, João Paulo, Sandro e Gelson Baresi. A seguir ao intervalo entraram Brassard, Mário Loja, Paulo Filipe, Manuel do Carmo, Marco Ferreira, Chipenda e Maki.
Marcadores: Marquinhos (21 m), João Paulo (29 m), Acosta (85 m) e Horvath (90 m).
