Penafiel-Boavista, 0-1 (destaques)

17 jan 2001, 23:56

Um(a) Pedrinha no sapato do líder Não fosse a qualidade de Pedro Santos e o Boavista tinha feito uma das piores exibições da época. Erivan também ajudou, tentando explorar espaços no corredor esquerdo. De resto... pouco, muito pouco para um líder da I Liga. Do lado duriense, Pedrinha foi o patrão de uma equipa interessante. Loukima deu músculo e batalhou. Nélson, cedido pelo Salgueiros, deu mostras de talento e encheu o campo de vontade e arreganho

Nélson

Uma exibição em cheio. Hiper-activo, ultrapassou largamente as suas funções de lateral-esquerdo e revelou-se um dos jogadores mais ofensivos do Penafiel. Afastado (temporariamente) dos palcos da divisão principal ¿ foi emprestado pelo Salgueiros ¿ Nélson confirmou credenciais, tendo assinado uma das melhores prestações da noite. Aproveitou os espaços do lado direito do Boavista (Geraldo e Rui Óscar estiveram abaixo do que lhes era exigido) e provou que sabe atacar com inteligência.  

Loukima

Incansável. O médio penafidelense fez um jogo à sua imagem: lutador, nunca largou os médios boavisteiros, sobretudo Sanchez e Geraldo, que tiveram muitas dificuldades em desenvolver o seu jogo. Por vezes, Loukima exagerava na marcação e revelou-se demasiado faltoso, mas esta foi apenas uma consequência de uma exibição útil e batalhadora.  

Pedrinha

Um dos elementos mais influentes do jogo penafidelense, contribuiu para a boa imagem deixada pela equipa de Ricardo Formosinho. Boa técnica, capacidade de luta, Pedrinha deu consistência ao seu meio-campo: não foi por acaso que a equipa da casa conseguiu, no global, mostrar um futebol mais desenvolto que o líder da I Liga. 

Pedro Santos

O melhor axadrezado esta noite. Um poço de força, com energias usadas de forma racional e sempre a pensar na equipa. Quase sempre bem no passe, foi rigoroso e atento nas missões defensivas. Em algumas fases do jogo, Pedro Santos evitou que o Boavista adormecesse, demasiado acomodada que estava com o resultado. Assume-se como um dos elementos pendulares do jogo boavisteiro. É, neste momento, uma opção incontornável para Jaime Pacheco.  

Erivan

Das poucas boas excepções na regra da mediania que o Boavista apresentou esta noite. Melhor na primeira parte do que na segunda, o lateral brasileiro imprimiu alguma velocidade a um jogo estranhamente lento dos axadrezados.  

Geraldo e Sanchez

Ao contrário do que aconteceu com Pedro Santos, os outros dois médios do Boavista que não têm preocupações defensivas nunca conseguiram, neste jogo, explanar o seu futebol. O boliviano, então, foi uma sombra de si mesmo: lento, ausente, desastrado no remate, o seu capítulo mais forte. As exibições menos conseguidas de Geraldo e Sanchez custaram ao Boavista uma grande perda de agresssividade. Os axadrezados fizeram um jogo lento e pouco combativo, nada à imagem do que tem sido o conjunto de Jaime Pacheco.

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