«Não quero comparar-me ao Paredes», diz Tiago (F.C. Porto)

15 ago 2002, 21:38

Quer impor-se com o seu próprio nome O mais recente reforço tem a noção de que será difícil conquistar a titularidade no F.C. Porto.

Depois de já ter representado o Benfica, Tiago volta a sentir as sensações de um grande clube. Será jogador do F.C. Porto para as próximas três temporadas, tendo ainda mais um ano de opção e jogará com o número 66, porque o algarismo seis está na posse de Costinha ¿- «se com o seis joga bem, com o 66 tem de jogar o dobro», brincou Pinto da Costa durante a apresentação do ex-futebolista do União de Leiria, esta manhã no auditório das Antas.

Muito tímido e com uma enorme vontade. O jogador promete trabalhar muito para concretizar os seus objectivos, mas por enquanto tem a plena consciência de como será difícil a titularidade na equipa azul e branca, porque a concorrência é forte e Costinha tem vindo a exibir-se num nível bastante aceitável. Foi escolhido por José Mourinho para preencher o vazio deixado no plantel por causa da venda de Paredes para o Reggina e terá como trunfo o facto de o treinador conhecer bem as suas qualidades.

«Vou defender as cores de uma camisola que me agrada», disse o trinco quando enfrentou a plateia. «Estou num clube grande e sinto-me feliz», extravasou, mostrando-se satisfeito pelo acordo alcançado e sabendo de antemão que poderá ser uma vantagem já ter sido orientado por José Mourinho: «Trabalhei um ano com ele e isso será bom para a minha integração», explicou, sublinhando que foi «bem recebido pelo grupo» no primeiro dia de azul e branco na camisola.

Os objectivos do mais recente reforço são claros e espelham bem a sua determinação: «A minha ambição é trabalhar no limite e com dedicação para ganhar um lugar no onze, o que não será fácil, porque o F.C. Porto tem um lote de jogadores fabulosos». Mas isso não significa que esteja apreensivo, até pelo contrário. «Se as pessoas apostaram em mim é porque conhecem o meu valor», adiantou, cortando pela raiz qualquer comparação com o trinco paraguaio como Pinto da Costa havia feito nas suas primeiras declarações, ao dizer que «era bom ter um jogador parecido com o Paredes»: «Não quero falar dele. Sou o Tiago e não me quero comparar a ele».

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