Lippi preferia ter jogado nas Antas em Setembro

9 out 2001, 20:20

«Por um milhão de motivos que não têm a ver com o desporto» O treinador da Juventus também disse que a melhor arma da sua equipa será o espírito positivo. Sobre a táctica, nem uma única palavra.

Se os factos não tivessem sido sangrentos, o F.C. Porto-Juventus já se tinha realizado. O encontro estava agendado para 12 de Setembro, um dia depois do atentado terrorista nos Estados Unidos, o que motivou o adiamento por parte dos responsáveis da UEFA em solidariedade com as famílias das vítimas. 

Nessa altura, a equipa italiana já estava em Portugal - aliás houve uma falsa ameaça de bomba no hotel onde se encontrava instalada -, mas a estadia acabou por ser em vão. Marcelo Lippi não disfarçou o seu desejo mais íntimo: «Por um milhão de motivos, preferia que o jogo já estivesse disputado». 

A explicação para a sua intenção foi dada segundos depois: «E os motivos nada têm a ver com o futebol». Compreende-se. No entanto, a Juventus apresenta os mesmos níveis de confiança e a mesma pujança física para conquistar os três pontos no Estádio das Antas. 

«Há um mês estávamos bem. Agora, também. Não é o estado de saúde de um ou outro jogador que nos vai comprometer», afirmou, remetendo-se a Trezeguet, Amoroso, Conte e Athirson. «Os futebolistas da selecção estão todos bem», tranquilizou. 

Sobre a táctica nem uma única palavra. Não deixou transparecer se a sua equipa vai jogar ao ataque, muito menos à defesa. «Não há muito a esperar. Vamos ver amanhã à noite. Trunfos? A minha equipa tem óptimos jogadores. Todos têm espírito positivo e esse é o meu maior trunfo».

Patrocinados