Jaime Pacheco irritado com...a relva

8 ago 2000, 17:27

Desconhecimento absoluto do Barry Town O treinador do Boavista está muito descontente com o estado da relva e resolveu desabafar. Para o técnico, nem sempre o mau futebol depende de jogadores e treinadores.

Percebia-se que não estava satisfeito. Pela forma como abria os braços e cerrava os punhos, Jaime Pacheco dava a entender alguma irritação pelo estado do relvado do Estádio do Bessa. Na habitual conferência de Imprensa das terças-feiras, o treinador do Boavista foi impotente para disfarçar a inquietude que o consome. Tudo isto porque o jogo com o Barry Town, a contar para a terceira pré-eliminatória da Taça UEFA, disputa-se na próxima quinta-feira. Faltam dois dias... 

A razão é simples: no covil da pantera são visíveis as irregularidades no tapete verde, que impedem a circulação de bola. Num dos corredores, a uniformidade da relva chega a ser preocupante para os responsáveis axadrezados, pois constitui uma barreira à fluidez futebolística, tanto nas situações de ataque como nas jogadas defensivas.  

«Estou muito preocupado com o estado do relvado. O nosso campo é como uma Igreja, ou seja, deve ser tratado com carinho. São questões internas, mas sou obrigado a dizer basta! Os associados têm de compreender que a culpa nem sempre é dos jogadores quando se pratica mau futebol», argumentou Jaime Pacheco, algo agastado. 

De uma rajada, quase sem respirar, o treinador do Boavista foi ainda mais longe: «Já não jogámos aqui desde Maio, há muito tempo. Além do mais, o nosso campo não está marcado como deve ser. É como uma estrada, quando faltam as marcações torna-se perigosa. Estou chateado! Muito chateado!». 

Barry Town exige respeito 

Não abundam informações sobre a equipa galesa, o que deixa Jaime Pacheco algo desconfiado sobre o valor do Barry Town. O treinador do Boavista chegou à fala com Michael Walsh, mas o antigo jogador do F.C. Porto também desconhece o real valor do adversário dos axadrezados na pré-eliminatória da Taça UEFA. 

«Temos mais respeito em relação a esta equipa do que ao Real Madrid. Se jogássemos frente ao campeão europeu só tínhamos a ganhar. Nestes jogos é preciso ter outra motivação. Precisamos de ser inteligentes, ou seja, não podemos ir para a frente deles como o Obélix. Os jogadores têm de fazer poucas faltas à entrada da área e apostar na circulação de bola. Mas o campo não ajuda...», lamentou-se outra vez.

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