Nacional-Sporting, 0-2 (destaques)

7 fev 2001, 21:20

João Pinto nunca parou Manuel Fernandes tinha dito, na véspera do jogo, que tinha chegado à conclusão que «João Pinto era importantíssimo». Hoje viu confirmada a sua conclusão. Foi o único dos leões que não quebrou fisicamente. Foi um verdadeiro motor que continuou a funcionar quando toda a equipa manifestava problemas de mecânica. No Nacional, destacaram-se os extremos. Nuno Carrapato a defender a sua baliza e Serginho a atacar a de Schmeichel.

João Pinto

«Cheguei à conclusão que o João Pinto é importantíssimo». Palavras de Manuel Fernandes na véspera do jogo. De facto, hoje, João Pinto foi o motor do Sporting. Nunca parou. Quando a equipa falhava as mudanças, perdia o óleo ou simplesmente gripava, continuava-se a ouvir o ronronar do motor. Correu toda a frente da grande área do Nacional à procura de espaços que por muitas vezes conseguiu. Criou inúmeras oportunidades de golo que os seus companheiros não aproveitaram, com particular destaque para o que se intitula de «matador». A sua exibição ganhou maiores contornos quando quase toda a equipa caiu a pique e ele prosseguiu com o mesmo ritmo. O seu constante exemplo serviu de alento para os seus companheiros que procuraram não destoar. Foi um verdadeiro capitão. 

Serginho

Incansável. Sempre que recebia a bola, lá ia ele a correr na direcção de Schmeichel. Um brasileiro de remate fácil. Às vezes fácil demais. Muitas vezes, quando tinha espaço para evoluir, optava pelo pontapé instantâneo, por vezes quase do meio-campo. Depois da expulsão de Luís Loureiro recuou um pouco no terreno e passou a conquistar mais bolas. O seu companheiro, Fabrício, que tanto brilhou em Alvalade, esteve mais apagado. É mais tecnicista e menos dado a grandes velocidades. 

Nuno Carrapato

Um grande guarda-redes. Resistiu de forma heróica às entradas fulgurantes do Sporting e foi o principal responsável pelo facto dos «leões» não terem conseguido marcar nesses periodos. Ora com uma saída arriscada aos pés de um jogador, ora a voar de um poste ao outro, realizou uma magnífica exibição. Nos dois golos pouco podia ter feito. No primeiro, Pedro Barbosa surgiu de repente isolado e rematou de primeira ao segundo poste. No segundo, Rodrigo Fabri teve tempo suficiente para conseguir colocar a bola onde Carrapato não podia chegar. 

Pedro Barbosa

Voltou às exibições inconstantes. Por vezes parece que se arrasta com muita dificuldade em campo e nem lhe apetece estar ali. Mas, subitamente, arranca um lance de génio, tira os adversários da frente e faz quase tudo sózinho. Para, depois, voltar a engonhar e destruir boas jogadas por pura falta de vontade. Destaque ainda para o golo que conseguiu. Uma boa desmarcação seguida de um remate cruzado indefensável.

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