Jogar em 4x4x2, apostar na Taça UEFA e a escolha do «capitão» Jogar em 4x4x2, apostar na Taça UEFA e a escolha do «capitão».
José Mourinho tem ideias bem definidas sobre o futuro do F.C. Porto. Na primeira conferência de imprensa de época lançou ideias para o futuro, dando algumas certezas sobre o que quer fazer. Maisfutebol apresenta-lhe as frases mais fortes de um treinador cada vez mais ambicioso.
A aposta na UEFA:
«É uma prova traiçoeira, revestida de alguma irregularidade, uma vez que irão aparecer, a uma dada fase, as equipas que foram eliminadas da Liga dos Campeões. O objectivo é tentar, numa primeira fase, como equipa forte e carismática, vencer alguns jogos para depois, então, enfrentar aquelas que vêm da Liga dos Campeões e jogar para ganhar. Vamos vendo até onde podemos jogar, dado ser uma prova com cariz complicado. De qualquer forma, se estivermos a fazer um bom campeonato nacional, podemos ter a motivação para fazer uma boa prova».
O defeso:
«O F.C. Porto pode estar contente com o trabalho que realizou, eu estou contente que realizei durante o defeso. Acho que preparei bem a pré-época, usando critérios importantes para a contratação dos jogadores. Acho que fizemos todos um óptimo trabalho, de tal modo que me arriscaria a dizer que no período de reabertura do mercado, salvo algum imprevisto, nós estaremos fora. O plantel foi extremamente bem concebido».
Sistema de jogo:
«Vou manter o sistema, porque é aquele que mais acredito, para além dos jogadores já estarem habituados a interpretá-lo. Na parte final da época passada a equipa demonstrou uma enorme mobilização com esse sistema, mas os jogadores também já revelaram qualidades para se adaptarem a um outro sistema táctico. Tenho a certeza que os três que trabalharam comigo e o Bruno que trabalho com Nelo Vingada, também terá a cultura táctica suficiente para se adaptar. O 4x3x3 vai continuar a ser trabalhado, mas este ano também vamos começar a trabalhar com o 4x4x2».
O «capitão» de equipa:
«Ainda não sei quem vai ser o capitão, porque os jogadores é que o vão escolher. O capitão é o capitão dos jogadores, igualmente representativo do clube, mas é fundamentalmente dos jogadores, porque é a eles que cabe escolher. Vou dar-lhes algum tempo para se conhecerem e aquele que for escolhido terá a legitimidade, com total apoio do treinador e da administração».
A carreira:
«Toda a minha carreira tem sido um desafio muito grande. Na primeira vez que estive aqui, tinha vinte e poucos anos, deparei-me com um clube desta dimensão, também foi um grande desafio. A Barcelona cheguei e tive de assumir o lugar de número dois, também foi um grande desafio. No Benfica tive treinar pela primeira vez como técnico principal, também o foi. No Leiria tinha a responsabilidade de tentar fazer melhor do que na época transacta, em que tinha sido alcançada a melhor classificação de sempre, e fiz mais do que alguém pensava».
Jogos em estágio:
«Encaro-os como cinco treinos e digo-o porque durante a pré-época, para mim, os jogos são treinos, para além de não podermos jogar de forma igual com equipas que iniciam a época nos primeiros dias de Agosto, porque a diferença é abismal. Nós vamos treinar normalmente e nos dias em que há esses jogos há dois treinos, de manhã entre nós e da parte da tarde com jogadores que não fazem parte do nosso grupo. Vai ser treino puro, mas com um grau de exigência maior, em que todos vão ter igualdade de tratamento desde o início».
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