George Best

10 nov 2000, 22:20

Irlanda do Norte

Extremo-direito

Nascido em 22/05/46

Jogou entre 1963 e 1977 

TRÊS RAZÕES PARA VOTAR 

1. Numa altura em que o futebol britânico vivia num universo de músculos, lama e avançados cabeceadores, devolveu aos adeptos o gosto pelo jogo com a bola pelo chão. «Odeio tácticas, o que importa são os dribles», resumia. 

2. Sagrou-se melhor jogador europeu em 1968, impondo-se a nomes como Eusébio, Cruijff, Beckenbauer e Mazzolla. Apesar de um palmarés relativamente modesto (dois títulos de Inglaterra), foi o principal responsável pela primeira conquista da Taça dos Campeões por uma equipa inglesa. 

3. Foi o símbolo futebolístico perfeito para os anos 60, a ponto de ganhar a alcunha de quinto Beatle. Fantasia, criatividade, anarquia e excesso: mostrava tudo isso em campo - ensaboando o juízo de todos os laterais-esquerdos do Reino Unido - e fora dele - bebendo rios de champanhe e partilhando a cama com centenas de admiradoras. Entre as quais cinco miss Mundo (e não sete, como fez questão de frisar, modestamente, num talk-show televisivo).  

E TRÊS RAZÕES PARA NÃO VOTAR 

1. Atingiu o ponto mais alto da carreira em 1968, com 22 anos. A partir daí foi sempre a descer, privando criminosamente o público de um dos maiores talentos naturais de todos os tempos.  

2. Tem demasiados pontos de contacto com Garrincha. Desde a posição no terreno até ao número da camisola (7), desde o hábito de driblar os defesas por puro gozo ao prematuro fim de carreira provocado pela indisciplina fora dos relvados, a lista é longa. Mas ao contrário do brasileiro nunca venceu um Campeonato do Mundo, nem sequer por lá passou. Fenómeno por fenómeno, antes o original... 

3. Pelo Manchester United, destroçou a defesa do Benfica por duas vezes, em 1965 (1-5 na Luz), e na final da Taça dos Campeões em 1968 (1-4 em Wembley). Mas por outro lado, talvez já não se lembre...

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