«Se mudamos só porque houve um peditório para a igreja do FC Porto...»

19 jan, 13:12
Estoril-FC Porto (RODRIGO ANTUNES/LUSA)

Na véspera do jogo com o Moreirense, Sérgio Conceição foi questionado sobre as últimas alterações que fez na dinâmica dos dragões

Sérgio Conceição admitiu que o FC Porto atravessa um bom momento e, nesse sentido, foi-lhe perguntado se encontro a «fórmula adequada» com a equipa que tem utilizado nos últimos jogos.

A resposta, à margem da conferência de imprensa de antevisão ao jogo frente ao Moreirense, foi longa e o técnico dos dragões lembrou que tudo é trabalhado: ou seja, não se muda por mudar.

«Vamos mudando ao longo do tempo. Quando queremos mudar algo dentro daquilo que é a nossa estrutura, seja com que tática for, depois há tudo o resto. Os jogadores têm de andar, têm de correr. Quando têm bola, quando não têm… se mudamos só por mudar porque entretanto houve um peditório para a igreja do FC Porto e que temos de meter os jogadores que ao olho parecem os jogadores mais bem apetrechados para dar espetáculo para as bancadas, isso não funciona comigo, porque não é assim», começou por dizer.

«Dentro do mesmo jogo mudamos de tática e isso é que é trabalho. Não é estalar o dedo e agora vamos jogar em 4x3x3 porque os jogadores parecem ter mais qualidade nessa tática. Não é assim. Já mudámos mais de dez vezes a nossa forma de jogo nestes sete anos. E para isso ser eficaz, tem de haver um grande trabalho por trás. Os jogadores são os grandes obreiros disso, porque aceitam a mensagem, percebem o que queremos em função da nossa equipa e ajustando ao adversário, porque têm valia. Olho bastante para os adversários para perceber como os podemos anular e como podemos explorar alguma fragilidade que possam ter», continuou, antes de dar um exemplo sobre o tempo que passa no Olival.

«Nesse trabalho… ainda agora tive o roupeiro a queixar-se que teve de sair às 9 da noite comigo, há dois dias. Ele não tem de queixar-se, tem de fazer. Mas pronto, surgiu esse tema. Mas como estava a dizer, não tenho tempo para pensar nas eleições. Claro que é um momento importante para a vida do clube, mas há coisas mais importantes para mim, como empregado do clube.»

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