«Não posso cortar os braços», diz Pedro Emanuel sobre o penalty reclamado pelo Boavista

4 set 2002, 21:09

Defesa-central considera que Duarte Gomes julgou bem Defesa-central considera que Duarte Gomes julgou bem no Estádio do Bessa.

A polémica do jogo da passada segunda-feira entre Boavista e F.C. Porto foi levantada pelos protestos levantados por Ricardo e Jaime Pacheco, que reclamaram a marcação de duas grandes penalidades, que o árbitro Duarte Gomes decidiu não assinalar.

Num desse lances Pedro Emanuel esteve directamente envolvido, pois parece ter cortado um remate de Bosingwa com a mão. Se os axadrezados reclamam penalty, os portistas defendem-se que o remate surge à queima-roupa e que o central não tinha qualquer hipótese de retirar os braços.

Pedro Emanuel acha que o não foi penalty, por isso o árbitro terá agido bem. «Foi um remate à queima-roupa e, como costumo dizer, não posso cortar os braços, não posso tê-los sempre atrás das costas. Naquele instante não deu pra tirar o braço e a bola acabou por bater meio no corpo, meio no braço. Foi um lance natural e penso que o árbitro esteve bem», refere.

O portista, aliás, acha que nos dois lances em que o Boavista reclama falta dentro da área, Duarte Gomes ajuizou bem: «Ainda não tive oportunidade de ver os lances na televisão, mas lembro-me daquilo que vi no campo e fico com a ideia de que o árbitro decidiu de forma mais correcta. Não há justificação para a argumentação do Boavista».

Quanto ao elevado número de faltas, Pedro Emanuel considera que houve uma «dureza normal», pois tratava-se de um derby em que «existem sempre muitas faltas». A táctica do Boavista terá surgido porque «tinham a noção da qualidade do adversário e sabia que o F.C. Porto joga bom futebol, com a bola na relva, por isso preferiu recorrer às faltas, o que é um pouco a sua forma de jogar», disse, considerando ainda que «não foi um bom espectáculo».

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