REVISTA DE IMPRENSA Também o Porto entra neste ranking, com uma diferença de 172% para a média nacional
Os preços das casas em Lisboa são três vezes mais altos do que a média do preço das habitações a nível nacional. A conclusão é de um estudo anual da Deloitte, o "Property Index 2023 - Overview of European Residential Markets", citado pelo Jornal de Negócios, que indica ainda que esta diferença de preços da capital para o restante território nacional só é maior, à escala europeia, em Paris.
De acordo com este ranking, Paris teve no ano passado uma diferença de preços de 315,2% face a 100% da respetiva média nacional dos preços das casas. Segue-se Lisboa, com uma diferença de 304,1% para o resto do país e, em terceiro lugar, Munique, na Alemanha, com preços superiores em 237,5% em relação à média alemã.
Atenas e Barcelona fecham o top cinco do ranking com diferenças, respetivamente, de 223,4% e 221,9% face às médias nacionais dos preços das habitações.
Copenhaga (209,5%), Amesterdão (188,9%), Liubliana (174,3%), Milão (173,9%) e Madrid (173,6%) são as capitais seguintes na lista das dez cidades europeias com maiores diferenças de preços para as médias nacionais.
A Deloitte levou em conta, neste estudo, os preços das capitais mas também das maiores cidades de 22 dos Estados-membros da União Europeia, ficando de fora Luxemburgo, Chipre, Malta, Finlândia e Suécia, e incluiu os custos da habitação em cinco estados não comunitários: Reino Unido, Israel, Noruega, Bósnia e Sérvia.
Em Portugal, também o Porto entra neste ranking, com uma diferença de 172% para a média nacional - logo a seguir às dez primeiras capitais mais caras.
Sobre a situação portuguesa, o estudo da Deloitte refere que o mercado residencial teve um "desempenho superior" no ano passado, batendo recordes de casas vendidas (cerca de 159 mil, mais 1,3% do que no ano anterior) e também de verbas movimentadas, que chegaram aos 38 mil milhões de euros, mais 13,4% do que em 2021.
A Deloitte escreve ainda, segundo o Jornal de Negócios, que existe no mercado habitacional português uma escassez de oferta estrutural para um volume de procura elevado, o que gerou "um aumento generalizado dos preços". A consultora acredita que 2023 deverá terminar com uma desaceleração das vendas de casas, devido ao "contínuo crescimento das taxas de juros e dos reduzidos níveis de desenvolvimento em regiões-chave".